A economia em 2022 tem boas perspectivas devido ao desempenho de recuperação apresentado no passado. No entanto, será um ano de eleições presidenciais e a taxa básica de juros se encontra em curva ascendente nesse momento. Por tudo isso, a volatilidade nos mercados de risco promete ser alta, enquanto a renda fixa está atraindo investidores.
Acompanhe este artigo e fique sabendo melhor sobre o que esperar nesse ano. Lendo o texto, você terá um breve histórico, saberá quais são as perspectivas para a economia e para os dois grandes mercados de investimentos: a renda fixa e a renda variável.
Siga na leitura e faça bom proveito!
Qual foi o cenário econômico vivido pelos brasileiros no período recente?
Os dois anos que se passaram não foram fáceis para ninguém. Uma pandemia inesperada colocou a humanidade de sobreaviso e uma das principais consequências foi o abalo financeiro vivido por todos os países, sem exceção. Dessa forma, podemos dizer que os brasileiros tiveram momentos penosos, pois não somos um povo que carrega grande reserva de recursos. A miséria aumentou a fome assolou muita gente.
Do ponto de vista macroeconômico, o principal impacto causado certamente foi a elevação da inflação para a casa dos dois dígitos. Há muito tempo isso não acontecia e vários fatores contribuíram para a elevação. Um deles foi a escalada de preços das commodities, em especial o petróleo. Isso afeta o custo dos fretes e encarece os produtos básicos da mesa do brasileiro.
Como consequência, o governo brasileiro tomou medidas a fim de conter esse avanço. A principal delas foi o início da curva crescente na taxa básica de juros do país, a Selic. Após alcançar a mínima histórica de 2% ao ano, o COPOM iniciou uma elevação que chega agora a 10,75% ao ano, e há previsão para que o aumento continue, com o mercado projetando para 12% ao ano.
Obviamente, isso causa impacto em todos os setores econômicos. O custo do crédito fica mais alto, mas também se trata de estimular a economia. No entanto, para quem foca no mercado financeiro, toda elevação nas taxas de juros traz mudanças em todos os mercados. Isso faz com que se abram janelas de oportunidades e apenas quem estiver mais atento nesse momento poderá aproveitá-las.
Quais são as perspectivas da economia para 2022?
Apesar de uma bomba chamada pandemia ter caído no colo do mundo, a verdade é que o Brasil se saiu muito bem em termos de recuperação. Quando o histórico trimestral é consultado para o ano de 2020 (início da crise), houve uma queda vertiginosa da atividade econômica, somando pouco mais de 12% de retração no primeiro semestre.
No entanto, já no semestre seguinte o avanço foi considerável. De julho a dezembro de 2020, a retomada foi de quase 11%, indicando claramente a concretização da famosa “recuperação em V” anunciada pelo Ministro da Economia Paulo Guedes. Somado ao desempenho de 2021 quando o PIB alcançou avanço de 4,5% em todo o ano, o nível econômico alcançado no início de 2022 já pode ser considerado acima do pré crise. Os dados são do próprio IBGE.
Dessa forma, as expectativas são de crescimento para 2022. Diversos indicadores apontam para esse caminho, como as vendas no varejo que bateram recordes, o nível da construção civil, a venda de máquinas e equipamentos, e o número de aberturas de novas micro empresas individuais, as MEI.
O que esperar do mercado financeiro em relação aos investimentos?
Veja a seguir as perspectivas de cada mercado da economia brasileira. Acompanhe.
Renda fixa
De fato, a renda fixa voltou a ser o centro das atenções e atrair todos os holofotes para si. Também pudera! Com a taxa básica fixada em apenas 2% ao ano, os ganhos tornaram-se muito pequenos. Com a alta da inflação então, os rendimentos reais se tornaram negativos para boa parte das aplicações em renda fixa.
Já com essa mesma taxa sendo fixada na casa dos dois dígitos, o mercado se torna atraente novamente. Fazer aplicações com retornos perto de 1% ao mês correndo um baixo risco é bastante atraente para a maioria dos brasileiros, extremamente acostumados à renda fixa.
Entre as opções de investimentos, encontram-se os títulos públicos federais, muito conhecidos por sua segurança reforçada, já que o governo pode emitir dinheiro para pagar a dívida. Também entram em cena os títulos bancários, como CDBs e Letras de Crédito, além de papéis de crédito privado, como CRIs, CRAs e debêntures incentivadas. Os fundos de renda fixa também podem entrar no radar do investidor.
Renda variável
Com o aumento da atratividade na renda fixa, ocorre um movimento muito conhecido por quem é mais experiente no mercado financeiro: a migração de capital. Da mesma forma que a renda variável atraiu investimentos pelo baixo nível da renda fixa, o movimento inverso ocorre quando essa ganha níveis mais elevados.
A consequência disso é uma queda no nível de preços dos mercados de risco. Podemos citar o preço das ações de diversas companhias que experimentam agora uma baixa. Outro mercado que perdeu um valor considerável foi o de fundos imobiliários, já que teve um aumento expressivo de investidores nos últimos anos.
No entanto, é bom que se tenha uma visão mais ampla sobre os acontecimentos do momento, até porque a economia é cíclica e isso já aconteceu antes. O que fica implícito é que a baixa do mercado de renda variável pode ser encarado como uma oportunidade de investimentos, já que diversos ativos estão com preços descontados. Se a ordem é comprar na baixa e vender na alta, esse seria o momento.
Outro ponto de atenção fica por conta dos investimentos em cotas de fundos imobiliários. Como seu valor cai, o percentual pago a título de dividendos aumenta. Ou seja, quem investe nesses fundos no momento atual recebe um retorno ainda maior sobre o patrimônio investido. Vale ter bastante atenção nesse ponto.
A economia em 2022 promete ter alguns solavancos devido a acontecimentos especiais. Um deles é a elevação das taxas de juros já comentada anteriormente. Outro ponto muito importante diz respeito às eleições presidenciais. Normalmente os mercados experimentam uma forte volatilidade e quem tem capital alocado em investimentos de risco precisa redobrar a atenção.
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