Cotação de ações: 4 situações que afetam a bolsa de valores

A cotação de ações é uma importante ferramenta disponível para qualquer investidor. Por meio dela e de seu histórico, é possível verificar se a saúde financeira de uma companhia tem sido bem representada nas atividades desempenhadas. Preços em constante crescimento significam empresas bem administradas e que podem oferecer uma ótima remuneração a seus acionistas.

Este artigo mostra de que forma é possível fazer essa identificação, enfatizando as causas das oscilações nos preços. Lendo o texto, você entenderá o que quer dizer o preço de uma ação, conhecerá os principais fatores que podem afetar sua cotação e, ao final, receberá importantes recomendações para se proteger de movimentos bruscos de mercado.

Acompanhe o conteúdo e tenha uma ótima leitura!

Qual é a representatividade da cotação de ações?

Toda empresa com capital aberto na bolsa de valores tem seu valor patrimonial representado pela cotação de suas ações. Isso quer dizer que uma companhia vale mais ou menos de acordo com o seu valor de mercado. Para que isso seja possível, é necessário ter uma medida quantitativa, já que estamos falando de valores financeiros. Essa medida é exatamente a cotação de suas ações.

No mercado financeiro, esse valor quer dizer muito para uma organização gerida pelo regime de Sociedade Anônima. O preço das ações reflete o quanto vale determinada companhia. Logicamente, quanto mais alto ele for, melhor. Uma cotação elevada e crescente ao longo do tempo indica ao mercado que se trata de uma empresa com sólidos fundamentos, capaz de gerar retorno aos seus acionistas.

Dessa forma, o valor intrínseco representado por essa cotação é de grande importância, pois pode ser um chamativo ou repelente de novos investidores. Diversos exemplos do passado mostram como esse preço é importante, como quando as empresas do grupo EGX iniciaram as negociações com altos valores e, depois, passaram a valer apenas alguns centavos.

Quais são as 4 situações capazes de afetar uma bolsa de valores?

Acompanhe a seguir os principais fatores capazes de afetar o preço das ações listadas em bolsa.

1. Decisões políticas

O cenário político é um dos principais influenciadores dos preços das ações. A razão disso é que a macroeconomia depende das decisões governamentais. Elevar ou rebaixar a taxa de juros, por exemplo, tem grandes efeitos nos mercados. A renda fixa acompanha esse indicador e sempre que está em alta causa uma migração de recursos da bolsa, provocando um rebaixamento temporário nos preços.

2. Catástrofes mundiais

A recente pandemia vivida no mundo denota bem esse aspecto. As cadeias globais de fornecimento de produtos foram afetadas pela pandemia e, consequentemente, seu consumo também. Isso fez com que houvesse escassez e alta generalizada nos preços. Assim, empresas listadas em bolsa de valores sentiram fortemente os impactos.

3. Eleições presidenciais

No Brasil, já é uma tradição a bolsa “balançar” fortemente em épocas de eleições presidenciais. O clima de polarização acentuado ultimamente reforçou esse efeito, e é esperado que 2022 tenha grande impacto na bolsa de valores do Brasil, a B3. Os investidores precisam estar atentos e ter bem claro o nível de risco suportado, pois esse é um período no qual a volatilidade dos mercados aumenta bastante.

4. Turbulências internacionais

Os mercados dos países estão fortemente ligados atualmente. Isso faz com que haja uma grande interdependência entre as nações, quer seja no fornecimento de produtos ou em grandes mercados consumidores. Dessa forma, uma turbulência econômica iniciado em um país pode afetar vários outros. Prova disso é o recente anúncio de aumento da taxa de juros dos EUA pelo FED, o Banco Central americano.

Como se preparar para esse tipo de situação e proteger os investimentos da volatilidade?

Veja a seguir importantes recomendações capazes de amenizar o efeito de “sobe e desce” existente nos mercados. Confira!

Diversificação de ativos

Um dos conceitos de maior importância para um portfólio de investimentos é nunca estar concentrado em uma única classe de ativos. Então, ficar em apenas um mercado pode representar um grande risco, pois se tal mercado tiver um ano ruim, todo o investimento pode sofrer uma depreciação.

Sendo assim, a recomendação é sempre aplicar em diferentes mercados. Em se tratando de ações, o ideal é ter um portfólio que contemple diversos setores da economia, pois quando um segmento não for bem, outro pode compensar. Investir em papéis indexados à inflação também é uma ótima alternativa para se proteger de períodos turbulentos.

Ativos pós-fixados

Conforme já dito, é muito perigoso concentrar investimentos em apenas um mercado. Nesse sentido, a renda fixa tem um papel muito importante, pois atua como controladora do risco em uma carteira. Destinando parte do capital a essas aplicações, é possível reduzir a volatilidade da carteira, protegendo-a contra o risco acentuado.

Nesse sentido, os papéis pós-fixados são uma excelente alternativa, pois seus rendimentos acompanham a taxa básica de juros da economia, a Selic. No momento, esse é um bom investimento, pois estamos caminhando para uma taxa de dois dígitos. Mesmo que ela varie com as decisões do COPOM, é certo que sua rentabilidade sempre será positiva.

Ações de empresas com correções pela inflação

Existem alguns setores conhecidos como “perenes”. Eles levam essa nomenclatura porque os produtos por eles comercializados são de consumo obrigatório, já que não há como viver sem eles. Estamos falando do segmento de água e esgoto, energia elétrica e telecomunicações. Desses, um deles tem especial destaque, pois é diretamente ligado à inflação.

Estamos falando do setor elétrico nacional. Além do seu consumo ser inevitável e garantir o faturamento das empresas desse segmento, anualmente a correção do valor do quilowatt-hora se dá pelo IPCA. Isso quer dizer que a incidência da inflação energética garante uma elevação natural dos preços, refletindo no faturamento dessas companhias e, por conseguinte, no valor de suas ações.

A cotação de ações é um dos mais importantes indicadores a respeito da saúde financeira de uma empresa. Quando uma companhia tem fundamentos econômicos adequados e seu desempenho no mercado é bom, há um reflexo natural nos preços, elevando-os. Isso beneficia o mercado como um todo, em especial os investidores, que podem analisar o histórico de uma determinada organização pelo andamento passado do valor de suas ações, refletindo no preço do presente visto no mercado.

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