Em períodos de queda no dólar, o swap cambial reverso se torna ainda mais relevante. Você já ouviu falar nele? Trata-se de uma troca dos indicadores do mercado financeiro para reajustar as taxas e frear a desvalorização do câmbio. Este consiste na troca de moedas entre países.
Nesse sentido, o conceito de swap cambial é comum no noticiário sobre economia. Ainda assim, é possível que você confunda o tradicional com o reverso. Ambos têm finalidades semelhantes: conter os impactos da alta ou queda do dólar no país. Contudo, a maneira como cada um age é diferente.
Então, quer saber mais sobre o swap cambial reverso e descobrir como ele influencia no mercado financeiro? Continue a leitura!
O que é o swap cambial?
Swap é uma expressão do mercado econômico que, traduzida para o português, quer dizer troca. Assim, swap cambial consiste na troca de indexadores financeiros, que servem de referência para estipular valores nos contratos, influenciando na rentabilidade.
Por exemplo, imagine que uma empresa brasileira tem uma dívida em dólar. Contudo, para evitar maiores prejuízos financeiros, como a desvalorização do câmbio, ela faz um contrato com outra empresa endividada. Esse contrato pode ser efetuado na moeda local, em uma espécie de troca de indexador.
A troca pode ocorrer entre o Banco Central (BC), responsável pela criação do swap cambial, e uma instituição financeira. Então, o BC, que atua como o indexador, deve pagar a variação cambial daquele período. Enquanto isso, a instituição financeira, chamada trader, precisa arcar com a taxa de juros surgida com a variação cambial no mesmo período.
O que é swap cambial reverso?
Após conhecer a definição de swap cambial, fica mais fácil entender o que é swap cambial reverso. Isto é, existem dois tipos dele, o tradicional e o reverso. Nesse caso, o Banco Central deve oferecer aos compradores os juros de um período específico, o que serve para pagar a variação do câmbio e ganhar a Selic. Esta corresponde à taxa básica de juros.
Ao fazer isso, o Banco Central toma medidas para evitar prejuízos com a desvalorização da moeda estrangeira. Afinal, em caso de desvalorização, as exportações, por exemplo, são prejudicadas.
Qual é a diferença entre swap cambial reverso e swap cambial tradicional?
Como foi possível notar, apesar de semelhantes, swap cambial reverso e swap cambial tradicional são conceitos diferentes. Isto é, o primeiro é utilizado quando o dólar tende a ser desvalorizado e existe necessidade de controlar a queda da moeda norte-americana.
Enquanto isso, o swap cambial tradicional é recorrido em casos da previsão de valorização do dólar, o que prejudica as importações e também impacta a inflação do país. É por essa razão que esse tipo de swap cambial se tornou mais recorrente durante a pandemia da covid-19.
Ou seja, o BC usa esse recurso para trazer mais estabilidade para a economia nacional. Para isso, existe a compra futura do dólar no swap reverso, que visa a interromper a queda do dólar. No caso do swap cambial tradicional, a estratégia é para que a demanda da moeda estrangeira diminua.
Para que serve o swap cambial?
Você já entendeu quais são as diferenças entre swap cambial tradicional e reverso. Além dessas informações, é válido descobrir qual é a utilidade desses recursos no mercado financeiro. A sua função é proteger o câmbio de excessivas variações do dólar em relação ao real, o chamado hedge cambial.
Dessa maneira, é possível equilibrar prejuízos e custos para compensar os efeitos das variações da moeda estrangeira. Esse tipo de estratégia surgiu ainda no século XIX, no mercado agrícola. Assim, os produtores negociavam os preços dos produtos antecipadamente com os compradores.
Essa era a forma de garantir os lucros e tentar impedir uma queda de preço pelo excesso de oferta. Naturalmente, isso prejudicaria o faturamento dos produtos e traria problemas para todo o mercado financeiro da região.
Atualmente, as ferramentas de hedge cambial ganharam atualizações, como o surgimento do swap cambial. Afinal, ele atua como um instrumento que protege investimentos e negócios da variação mencionada. Assim, empresas de importação e exportação podem se beneficiar com ele, do mesmo modo que turistas e investidores do mercado internacional.
Onde são negociados os contratos de swap?
Após conhecer os objetivos do swap cambial, é o momento de descobrir onde os contratos desse instrumento são negociados. A negociação ocorre no mercado de balcão (OTC), com a intermediação de corretoras de valores ou instituições financeiras. Elas são responsáveis pela compra e venda de ativos.
Quando vale a pena fazer um contrato de swap cambial?
Ao longo da leitura, você acompanhou o objetivo do swap cambial e os benefícios que esse instrumento oferece ao mercado. Então, é natural se perguntar quando vale a pena fazer um contrato com ele.
Como visto, o swap cambial é benéfico para quem quer se proteger dos riscos da variação do câmbio. Sendo assim, se as previsões dos especialistas mostrarem que isso tende a ocorrer e causar prejuízos financeiros, pode ser interessante recorrer a esse contrato.
Conforme mencionado, isso é útil para empresas de exportação e importação, além de turistas e investidores. Por exemplo, você tem um investimento atrelado ao dólar? É possível obter lucro com a variação dessa moeda no curto prazo.
Isso porque, durante o contrato, o BC assume o pagamento da variação cambial. Assim, você como investidor deve pagar uma taxa de juros, que pode ser o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Logo, se a moeda estrangeira ficar acima dessa taxa, o investimento apresenta mais lucros.
Neste texto, vimos que a swap cambial reversa é um instrumento desenvolvido pelo Banco Central para que o mercado financeiro minimize os prejuízos da queda do dólar, já que, em situações assim, a inflação pode subir e empresas de importação são afetadas. Por esse motivo, esse recurso é tão importante. Para decidir se vale a pena contratá-lo, considere seu perfil de investimento e seus objetivos financeiros.
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