Quem nunca passou por um imprevisto, seja com a casa ou com o carro, e foi salvo pelo seguro? Ou pior, desejou tê-lo contratado antes? É certo que esses serviços, sejam aqueles oferecidos por seguradoras ou mesmo por bancos, fazem parte do dia a dia dos brasileiros. E vem aí uma novidade que vai mudar para sempre a forma como nós lidamos com isso!
Quem costuma acompanhar as novidades do mundo das finanças, já deve ter ouvido falar do Open Insurance. Se você quer entender um pouco mais a respeito e como isso afetará sua vida financeira, leia este artigo até o final! Mas antes temos que falar sobre o programa que deu origem a ele: o Open Finance.
O que é Open Finance?
Trata-se de um amplo projeto do Banco Central que visa modernizar o sistema financeiro do país. Para isso, ele dá ao usuário a posse de seus próprios dados. Mas o que exatamente isso significa? Que antes apenas a empresa possuía os dados do cliente, eles eram sigilosos e somente ela tinha a liberdade para oferecer-lhe serviços e produtos. O Open Finance muda isso por meio do compartilhamento de informações de usuários entre as instituições financeiras.
Um dos braços do Open Finance é o Open Banking, que prevê o compartilhamento de informações entre os bancos. Elas incluem, por exemplo, os dados pessoais (CPF, endereço etc.), histórico de transações, renda e consumo, mas também empréstimos, investimentos e serviços do banco que o cliente utiliza. Vale notar que elas só são compartilhadas após o indivíduo autorizar que sua instituição financeira o faça, garantindo, assim, o controle sobre a própria privacidade. Há também outros países que já têm programas parecidos, como a Inglaterra, a Austrália e a Índia.
O que é Open Insurance?
Voltando ao assunto principal, o Open Insurance nada mais é do que outro passo dentro desse processo de modernização do sistema financeiro nacional. Seu nome significa Sistema de Seguros Aberto e permite o compartilhamento de dados de serviços como seguros, previdência e capitalização, entre distintas instituições financeiras.
Na prática, o processo garante ao consumidor a posse de seus próprios dados, pois a instituição financeira da qual ele é cliente não possui mais o monopólio daquelas informações, que poderão ser acessadas por outras empresas. Isso significa que agora os indivíduos poderão contar com a disponibilidade de todo o mercado para o atendimento de suas necessidades, não mais ficando restritos aos produtos da instituição financeira à qual já estão vinculados.
Como será a implementação do Open Insurance?
Sua instalação divide-se em três partes e estima-se que levará um ano para ser concluída.
Fase 1
Iniciada em dezembro de 2021, a primeira etapa trata dos pormenores burocráticos e do compartilhamento dos dados das instituições financeiras envolvidas.
Fase 2
Programada para setembro de 2022, é nessa fase que os clientes poderão disponibilizar suas informações pessoais para compartilhamento.
Fase 3
Prevista para dezembro de 2022, a fase final diz respeito à disponibilização dos serviços e produtos para os clientes.
Quais os benefícios do Open Insurance?
Agora que você já entendeu o conceito e o passo a passo da implementação do Open Insurance, vamos falar sobre as vantagens que essa grande novidade do sistema financeiro trará para todos os consumidores.
Inovação
Espera-se que o sistema proporcione grande inovação tecnológica, pois como os dados ficarão disponíveis para diversas empresas, distintas soluções serão apresentadas para as mesmas questões, criando um ambiente altamente competitivo, propício ao aperfeiçoamento constante.
Agilidade
O novo sistema também tem entre seus objetivos principais a facilitação dos processos de contratação de serviços por parte dos consumidores. Quando o Open Insurance estiver plenamente funcional, todos os procedimentos serão realizados de maneira muito mais rápida. Isso será possível graças à desburocratização que o compartilhamento de informações permite, economizando tempo e dinheiro.
Maior personalização dos serviços e produtos
Com o compartilhamento de dados entre as instituições financeiras, será possível o desenvolvimento e a oferta de soluções personalizadas, feitas sob medida para cada consumidor, oferecendo soluções para os seus problemas individuais. Isso permitirá um atendimento pessoal de qualidade e eficiente.
Liberdade e integração
Com a transparência do Open Insurance, ficará muito fácil para o consumidor final contratar produtos distintos em diferentes empresas, avaliando com cuidado qual é aquela que melhor corresponde às suas expectativas, ao contrário do que acontece atualmente, já que os consumidores costumam optar pelos serviços de uma única seguradora.
Cidadania financeira
Por fim, mas não menos importante, encontra-se o estímulo ao desenvolvimento de aplicativos e soluções que ajudem os consumidores a acompanharem, controlarem e gerenciarem o próprio patrimônio, garantindo, assim, uma maior autonomia financeira. Isso é o que significa cidadania financeira e é também uma das conquistas do Open Insurance e do Open Finance.
Quais as vantagens para o mercado financeiro?
Agora, voltando os olhares para as empresas, também podemos ver que elas serão impactadas positivamente pelas novidades.
A facilidade na contratação, por exemplo, é algo positivo tanto para os consumidores quanto para as empresas, pois quando um consumidor adquire um seguro, por exemplo, é um cliente a mais captado pela companhia.
Além disso, a expectativa de crescimento desse setor no mercado é alta, e o Open Finance é uma forma efetiva de facilitar esse crescimento, pois dinamiza os processos internos do segmento. Espera-se que o programa seja responsável pela criação de inúmeros novos produtos no país quando estiver plenamente estabelecido.
Por fim, não podemos deixar de notar que o compartilhamento de informações dos clientes também auxilia as empresas no desenvolvimento de seus produtos, serviços e estratégias, pois serve de parâmetro para o mercado, já que revela de maneira mais transparente as necessidades e os desejos dos consumidores.
Mas o Open Insurance é seguro?
Essa é a pergunta que todos fazem quando se deparam com situações que envolvem a própria privacidade nas redes. Não se preocupe, pois a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) é responsável pelo estabelecimento dos parâmetros e dos meios que merecem atenção das empresas que desejarem integrar-se ao Open Insurance. A lei garante aos indivíduos a segurança e a eficiência necessárias para o funcionamento geral do programa e para proteção de todos os interessados.
Agora você já conhece essa grande inovação que vem para acompanhar o Open Banking e fazer jus ao propósito revolucionário do Open Finance. Aliando segurança, eficiência e inovação, tudo em prol dos interesses do consumidor, essas mudanças vêm para ficar!
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