Para investidores que não têm medo de arriscar em sua carteira, certamente saber como operar minicontratos pode ser uma ótima oportunidade de ampliar suas possibilidades. Isto porque, essas aplicações representam uma parte da bolsa de valores bastante volumosa e que fornece a possibilidade de alavancar as suas apostas.
No entanto, como qualquer investimento, é essencial entender seus fundamentos e começar sem muita sede ao pote. Neste texto, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre os minicontratos. Confira!
O que são minicontratos?
Os minicontratos são negociações de compra e venda com prazo de concretização no futuro. Considera-se os ativos mais líquidos da bolsa, tendo um grande volume de ofertas. Por isso, para quem faz day trade, a operação é uma das mais populares.
Eles tem algumas características para serem negociados na bolsa, por exemplo, a data de vencimento deve estar explícita no código de negociação. Cada mês e ano representa uma letra. A identificação dos meses é feita assim:
- janeiro = F;
- fevereiro = G;
- março = H;
- abril = J;
- maio = K;
- junho = M;
- julho = N;
- agosto = Q;
- setembro = U;
- outubro = V;
- novembro = X;
- dezembro = Z.
Por exemplo, um minicontrato de fevereiro de 2021 é identificado assim: GDOU21.
O mercado futuro
Para compreender melhor as negociações, é preciso entender como funciona o mercado futuro.
Afinal, é um espaço de operações, que diferente do à vista ou de ações, trabalha com transações futuras. É nesse local em que acontece a compra e venda dos contratos futuros e minicontratos.
Basicamente, os investidores estabelecem um preço de um lote de contratos ligados a um produto, podendo ser moeda, commodity, dólar, e a compra deve ser executada dentro de um prazo. Conforme o nível de oferta ou demanda, os preços se alteram.
Como funcionam os contratos futuros fracionados no mercado?
A origem dos minicontratos são os contratos futuros, uma versão maior desse tipo de investimento. O que acontece é que esse ativo é reduzido a um valor de um quinto do seu preço, dessa forma, fica mais fácil para que pequenos investidores tenham acesso às aplicações.
Quais são os tipos de minicontratos disponíveis no mercado?
A bolsa de valores brasileira disponibiliza dois tipos de ativos:
- minicontrato de índice: os lotes são baseados nos pontos do Índice Ibovespa. Que se baseia nas ações com maiores volumes de negociações do mercado. A sigla desse contrato é WIN e a cotação é medida pelos pontos do Ibovespa Futuro, cada uma vale 20% do contrato;
- minicontrato de dólar: a negociação desse contrato, como o nome já diz, está relacionado a cotação do dólar futuro. A sua sigla é WDO e o lote mínimo, que equivale a um contrato, é de US$10.000 com margem de garantia de R$25,00 para operações day trade e R$3.000 para Swing Trade. Cada cota representa 20% do valor cheio, sendo, eventualmente, utilizado para estratégias de proteção de pagamentos em dólar.
Como operar minicontratos? Veja nossas 3 dicas!
Para iniciantes, os minicontratos parecem um ativo complexo. O fato de as negociações só serem realmente executadas no futuro, pode fazer com que o investidor ache mais arriscado do que outros tipos de aplicações de renda variável. No entanto, com conhecimento é possível tirar bons resultados. Vamos acompanhar três dicas de como operá-los. Continue!
1. Estude e entenda a plataforma
Quando se trata de renda variável, não há muito o que fazer — o estudo é uma das principais bases para ter confiança na sua estratégia. Até porque, como o resultado não é fixo, esse investimento necessita que se esteja bem treinado para não se deixar abalar pelas reviravoltas do mercado.
Sendo assim, existem dois tipos de conhecimentos que ajudarão a ter uma melhor visão do que acontece na bolsa: o tape reading e a análise técnica. A primeira é um método que utiliza as ações dos grandes investidores do mercado para identificar as oportunidades. Portanto, procura-se observar quais são os seus movimentos, quais são as escolhas e para onde vão a maioria das ordens.
Já a segunda, a análise técnica, procura interpretar os movimentos do mercado por meio dos gráficos que apresentam o sobe e desce das negociações de preços. Alguns assuntos importantes dessa técnica são a Teoria de Dow e price action.
Em ambos, é fundamental a busca por materiais, leituras de blogs especializados, vídeos e até livros para compreender profundamente esses métodos e assim, ter uma melhor base para entender o mercado.
2. Determine a estratégia certa
Existem muitas estratégias, por isso, o investidor pode ficar um pouco confuso na hora de decidir. O foco deve ser escolher aquela que tem melhor relação com o seu objetivo, além de verificar o seu suporte a riscos.
O ideal é que cada passo já esteja planejado antes de começar a operar, dessa forma, a sua única preocupação será em executar. Aproveite o momento em que o pregão está fechado para reorganizar suas ações, ver o que funcionou ou não. Essa é a melhor maneira de não deixar a emoção tomar conta e perder a razão.
3. Utilize ferramentas como o stop loss
O stop loss é uma forma de manter controle na hora de fazer suas apostas. Isto porque, é uma estratégia em que o investidor determina um limite para perder por operação ou por dia.
Definir essa margem é uma das melhores formas de lidar com a realidade na bolsa. Assim como você tem muitas chances de ganhar, também pode perder e é importante aceitar essa possibilidade e encará-la. A ideia é definir um limite que mesmo que se atinja, você ainda tenha saldo suficiente para se recuperar em outro momento.
Ao longo do texto apresentamos algumas dicas de como operar minicontratos e você pôde entender o que é esse ativo, além de como ele funciona na bolsa de valores. Note que este é um investimento de renda variável, por isso, seus resultados são bastante flexíveis. Portanto, a melhor maneira de aplicar é conhecer bem o mercado, estudar as estratégias e fundamentos e determinar limites para as suas perdas.
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