O Banco Central manteve a Selic, taxa básica de juros, a 13,75% pela 5ª vez seguida na 1ª reunião do Copom no ano, que aconteceu nos dias 31/01 e 01/02. Mas, o que isso significa para os seus investimentos e, mais, agora é o momento de investir em papéis pré ou pós-fixados? Confira o que diz uma das especialistas da CM Capital.
Para Bianca Beneton, assessora e especialista em investimentos, diversos fatores devem ser levados em consideração na hora de escolher entre um investimento pré ou pós, já que cada caso é um caso e não existe uma fórmula igualitária para todos investidores.
Porém, a especialista explica alguns possíveis cenários. Caso o investidor tenha escolhido no passado um papel pós-fixado, “ele pode ficar tranquilo, pois vai acompanhar as oscilações da Selic e receber um percentual da taxa no vencimento do título. Esse percentual é “acordado” na aplicação do investimento, por exemplo 120% do DI”.
Já para quem adquiriu um investimento lá trás com uma taxa prefixada menor do que a Selic atual o cenário muda. O investidor não acompanha as oscilações do período, pois sua rentabilidade foi travada no momento da compra. No entanto, Beneton sugere duas opções:
A primeira, e mais recomendada, é “aguardar o vencimento do título e receber a remuneração acordada no ato da aplicação”. Caso o investidor não queira, a segunda possibilidade é: “entrar em contato com o atendimento da CM Capital para verificar as condições de saída antecipada do título”.
Agora, se o cliente não estiver posicionado, ou seja, não comprou nenhum investimento e quer comprá-lo neste momento para aproveitar a alta da Selic, a recomendação da assessora é:
“Primeiro precisamos estipular qual o prazo do seu investimento, pois isso impacta diretamente na rentabilidade. Para Investimentos de curto prazo [no máximo 1 ano] é mais interessante títulos pós-fixados, já para investimentos de longo prazo os títulos prefixados são mais interessantes”.
Como aproveitar a alta da SELIC?
Existem diversas aplicações para o investidor aproveitar a alta da Selic, como CDB, LCI, LCA, Tesouro Selic e outras. No entanto, como escolher qual rentabilidade atrelar ao seu título (pré, pós ou híbrida)? Para isso, é importante estar atento a taxa de juros e às expectativas futuras para ela.
Mas, calma, não precisa se preocupar se você não conseguir acompanhar todos esses movimentos. Aqui na CM Capital você irá encontrar analistas e assessores de investimentos que fazem esse acompanhamento diário para te oferecer as melhores oportunidades disponíveis no mercado.
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Qual a relação entre a Selic e os investimentos?
A Selic é a taxa básica de juros da economia e funciona como o principal instrumento e política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, pois reflete em todas as outras taxas de juros do país, como as dos empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Renda fixa
Diversas aplicações financeiras de renda fixa estão direta ou indiretamente atreladas à taxa Selic. Isso é válido para títulos públicos ou privados. Diante disso, conforme mencionado, a elevação da taxa básica de juros pode favorecer a rentabilidade. Porém, se ela sofrer quedas, os efeitos serão opostos. Por isso, é indispensável ficar de olho na Selic.
Enquanto isso, aplicações prefixadas, cujas taxas de juros são definidas no momento da contratação, não sofrem os efeitos da Selic, caso o investidor carregue o título até o vencimento. No entanto, se houver a venda antecipada do título, este estará sujeito a marcação a mercado.
A Selic mais elevada sobe o rendimento de aplicações financeiras de renda fixa atrelados à Selic, ao IPCA e ao CDI. No entanto, como consequência, a alta da taxa diminui a atratividade dos investimentos de maior risco no mercado de renda variável, como as ações. Sendo assim, ela impacta diretamente no rendimento dos títulos do governo vendidos pelo Tesouro Direto, como o Tesouro Selic (LFT), por exemplo.
Outro impacto da taxa Selic é no Depósito Interbancário (DI), também conhecida como CDI, que representa os juros pagos pelos bancos ao realizarem transações interbancárias. A Selic funciona como um balizador para o DI, seu índice é menor que a taxa de juros, mas sempre muito próximo a ela.
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Renda variável
A queda ou elevação da Selic também influencia na renda variável, que tende a ser mais atrativa quando essa taxa está em queda. Isso é explicado pelo poder de compra da população que eleva a produção de empresas.
Então, as corporações se tornam mais lucrativas, o que pode favorecer o investimento nelas, como em bolsa de valores, por exemplo. Outro ponto positivo é que a redução da taxa favorece a negociação de dívidas empresariais. Logo, os acionistas também podem ser beneficiados nessa situação.
De todo modo, tanto a renda variável quanto a fixa apresentam riscos. Embora na primeira aplicação os riscos sejam maiores, as chances de alta rentabilidade são proporcionais. Isso tende a tornar a renda variável mais atrativa, em períodos de Selic em baixa.