Nova taxa de juros foi divulgada nesta quarta (3) pelo Banco Central
O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (3) um novo aumento na taxa de juros e esse, de longe, foi o tema do dia não só para quem acompanha o mercado financeiro, mas para a população em geral.
Após 11 altas consecutivas, a Selic avançou 50 pontos base, passando de 13,25% para 13,75% ao ano. Além disso, em seu comunicado, o BC deixou a porta aberta para novas altas nas próximas reuniões, não revelando, no entanto, a magnitude desse aumento.
Mas, por quê? Como a Selic afeta a vida dos brasileiros e diminui o poder de compra? Entenda.
O que é a SELIC?
A Selic é a taxa básica de juros da economia e funciona como o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, pois reflete em todas as outras taxas de juros do país, como as dos empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Ela funciona também como um balizador de apuração nas operações de empréstimos entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia.
Além disso, o Banco Central opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
O que é o COPOM?
Copom é a sigla para Comitê de Políticas Monetárias. Ele foi criado em 1966 e é representado por membros do Banco Central (Bacen), que se reúnem a cada 45 dias. A principal função desse grupo é analisar a política monetária brasileira, com a finalidade de combater a inflação. Dessa maneira, ele pode alinhá-la com a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A partir da análise, o Copom pode:
- anunciar ajustes na Selic, a taxa básica de juros do Brasil;
- criar e implementar novas diretrizes da política monetária do país;
Conforme mencionado, as decisões do órgão interferem no bolso dos brasileiros, seja nos investimentos ou nas compras. Sendo assim, o Copom acompanha os relatórios enviados pelo Bacen que trazem diferentes cenários, como o da economia internacional e nacional. Com base na análise dessas informações, os membros do comitê estudam a melhor forma de manejar a taxa Selic.
Assim como o Brasil, outros países também contam com seus comitês para controlar o índice de inflação e outras questões econômicas. É o caso dos Estados Unidos, que serviu de inspiração para o Copom: o FOMC.
Qual influência da SELIC?
A Selic influencia também na vida da população, principalmente nas compras a prazo. Se você, por exemplo, for comprar um carro ou fazer um empréstimo, o juro cobrado sobre essa aplicação será balizado de acordo com a cotação dessa taxa. Com isso, ela consegue controlar e reduzir o consumo da população, que muitas vezes prefere poupar o dinheiro porque os preços estão mais altos.
- Ao aumentar a Selic, o BC visa controlar a inflação e diminuir a demanda;
- E, ao baixar a Selic, o BC pretende estimular o consumo e aquecer a economia, impulsionando o aumento da inflação quando ela está abaixo da meta.
Mas, e nos investimentos?
A Selic mais elevada sobe o rendimento de aplicações financeiras de renda fixa atrelados à Selic, ao IPCA e ao CDI. No entanto, como consequência, a alta da taxa diminui a atratividade dos investimentos de maior risco no mercado de renda variável, como as ações.
Sendo assim, ela impacta diretamente no rendimento dos títulos do governo vendidos pelo Tesouro Direto, como o Tesouro Selic (LFT), por exemplo.
Existem ainda os títulos atrelados à inflação como o Tesouro IPCA+ (NTNB principal) e o IPCA+ Semestral (NTNB) que também se tornam interessantes com a alta da taxa de juros. Isso porque, a Selic é utilizada para controlar a inflação, se ela está alta, consequentemente o IPCA também está elevado. Logo, os investimentos atrelados à inflação podem oferecer retornos mais interessantes nesses períodos.
Outro impacto da taxa Selic é no Depósito Interbancário (DI), também conhecida como CDI, que representa os juros pagos pelos bancos ao realizarem transações interbancárias. A Selic funciona como um balizador para o DI, seu índice é menor que a taxa de juros, mas sempre muito próximo a ela.
Relação da SELIC com o IPCA
O IPCA é o principal indicador econômico que mede a inflação no Brasil, é ele que indica se houve variação nos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes, como vestuário, alimentação, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação.
Considerando que a taxa Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar o IPCA, os dois indicadores sempre estão muito próximos. Afinal, qualquer mudança feita na taxa de juros irá impactar no resultado da inflação.
Como aproveitar a alta da SELIC?
Existem diversas aplicações para o investidor aproveitar a alta da Selic, como CDB, LCI, LCA e outras. No entanto, como escolher qual rentabilidade atrelar ao seu título (pré, pós ou híbrida)? Para isso, é importante estar atento a taxa de juros e às expectativas futuras para ela.
Mas, calma, não precisa se preocupar se você não conseguir acompanhar todos esses movimentos. Aqui na CM Capital você irá encontrar analistas e assessores de investimentos que fazem esse acompanhamento diário para te oferecer as melhores oportunidades disponíveis no mercado.
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