Pessoas com perfis moderados e arrojados estão sempre em busca das melhores opções para investir. Contudo, para fazer as escolhas mais favoráveis é preciso estar atento a alguns termos comuns ao mercado financeiro, como o que é IPO —Initial Public Offering.
Ao conhecer esse conceito, o investidor pode saber se a alternativa cabe em seu portfólio, trazendo os melhores resultados possíveis. Neste conteúdo, falaremos tudo sobre o IPO. Além disso, abordaremos como esse processo funciona e, por fim, se vale a pena ou não contar com essa opção.
Se você deseja entender mais sobre o assunto, continue a leitura!
O que é IPO?
Antes de compreendermos o que é IPO, é preciso saber que investir em ações diz respeito, resumidamente, à aquisição de uma parte de uma organização. Essa atitude pode significar, ou não, a participação do acionista na tomada de decisão, a depender da condição de cada aplicação.
Contudo, para que seja possível adquirir um ou mais papéis de uma empresa, é necessário que seu capital esteja aberto. E é disso que se trata o conceito de Initial Public Offering! Conforme o significado desse termo aponta, ele é a Oferta Pública Inicial, ou seja, a abertura de capital de uma companhia.
Portanto, em poucas palavras, IPO se trata da iniciação de vendas das ações da empresa e abertura de capital pela primeira vez. O processo é público, o que significa que qualquer pessoa pode comprar as ações na Bolsa de Valores do país, a B3. Ao fazê-lo, torna-se sócio no negócio.
Como funciona o IPO?
Agora que você sabe o que é IPO, é interessante compreender como a operação funciona. Para isso, e em primeiro lugar, é uma boa ideia ter em mente o propósito dessa atitude. Em geral, as empresas abrem seu capital quando desejam custear suas atividades, desenvolver novos produtos e serviços ou alavancar sua evolução.
Nesse sentido, é possível encontrar diversas organizações que, recentemente, cresceram amplamente após o IPO, como a Locaweb, a Pague Menos e o Grupo Soma. Elas atraem investidores de todos os tipos, inclusive os que buscam investir na crise. Contudo, o sucesso não é garantido. Um bom resultado está ligado a fatores diferentes. Para entendê-los, é importante compreender o funcionamento do processo de IPO.
Burocracia
Inegavelmente, o Brasil é um país burocrático. Isso significa que alguns de seus processos podem demorar um pouco para serem finalizados, como é o caso do IPO. O tempo total de abertura de capital da empresa, em algumas situações, chega ser até 1 ano. Além disso, para finalizar a Initial Public Offering, é preciso que o negócio cumpra uma série de exigências, como:
- ajustes na estrutura administrativa;
- otimizações financeiras, como adaptações no fluxo de caixa;
- aumento da governança;
- emissão de aviso ao mercado etc.
Passos
Após seguir esses passos, a organização deve ser registrada na CVM, a Comissão de Valores Mobiliários. Sem isso, não é possível entrar na lista de companhias a serem negociadas na Bolsa de Valores.
Em seguida, a companhia precisa emitir e disponibilizar o prospecto do IPO, ou seja, um cronograma completo que vai do início do planejamento ao dia da abertura de capital. Também, é necessário realizar a auditoria.
Por fim, é chegado o período de reserva. Nele, investidores e interessados definem o preço e a quantidade de ações que desejam adquirir. Com esses dados em mãos, o Bookbuilding se inicia, permitindo que a empresa calcule o preço das ações no dia de sua estreia na Bolsa.
Equipe
Todos os passos acima são realizados, conjuntamente, pela equipe de IPO. Ela é formada por banqueiro de investimento, advogados, contadores, especialistas, entre outros. O preço total do processo pode chegar a 2 milhões de reais.
Quais as vantagens do IPO?
Ao entender que a abertura de capital não é tão simples, é possível compreender que as empresas esperam por ganhos significativos ao realizá-lo. Caso contrário, dificilmente passariam por toda a burocracia.
Desse modo, é possível dizer que um dos maiores benefícios do IPO diz respeito ao seu potencial de ganhos — caso o cenário instalado não seja o de ações em queda. Ele afeta tanto as companhias quanto os investidores. Entenda mais a seguir!
Vantagens para organizações
Se o processo de IPO trouxer bons resultados, é provável que a empresa tenha retornos bastante atrativos. Assim, pode, por exemplo:
- obter dinheiro para financiar uma expansão;
- garantir lucro aos proprietários;
- realizar novos investimentos;
- atrair melhores profissionais etc.
Para acionistas
Além da possibilidade de grande lucro, os acionistas contam com:
- chances de que o valor das ações da empresa subam rapidamente no dia do IPO;
- oportunidade de ganhos contínuos, se a oferta gerar bons resultados;
- capacidade de lucrar com a venda das ações;
- diversificação na carteira;
- recebimento de dividendos, entre outros.
Sendo assim, a intenção é que ambos os lados da moeda se beneficiem. Caso os passos acima forem seguidos corretamente e no momento certo (de acordo com as necessidades do mercado), a empresa tende a colher bons frutos. Já ao alinhar as possibilidades do IPO com seu portfólio de investimentos, o investidor também pode contar com vantagens.
O que as operações significam para a economia?
Ainda que o mercado de IPO seja pequeno no Brasil, ele é bastante promissor. O aumento das chances de que as empresas abram seu capital em breve remete a um sinal da força das ações. Desse modo, é possível dizer que o mercado está aquecido, indicando que o cenário econômico atual do Brasil motiva as empresas a abrirem o capital.
Sendo assim, caso faça sentido para alcançar metas e objetivos na carteira do investidor, essa pode ser uma boa ideia. É fundamental, claro, certificar-se de que o investimento está alinhado ao perfil de investidor, visto que existem riscos de perdas.
Com todos esses pontos em mente, você agora sabe o que é IPO, como ele funciona e quando vale a pena investir nele. Dessa maneira, não deixe de conferir se o investimento se adéqua ao seu caso e, por fim, busque manter-se informado em relação ao mercado de capitais!
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