Os fundos de investimento são muito conhecidos no Brasil pela facilidade de diversificação que eles oferecem aos investidores. Porém para quem está começando a investir, o produto pode parecer complicado e até inseguro. Por isso, esse artigo vai contar tudo que você precisa saber para escolher um fundo de investimento e se ele vale a pena para sua carteira.
O que são os fundos de investimentos?
Os fundos de investimento são como um condomínio, que reúne recursos de diversos investidores diferentes em uma única carteira. É como se mais 09 pessoas com R$ 2.000,00 se juntassem a você para investir em Renda Fixa, juntando um total de R$ 20.000,00.
Ao investir em fundos de investimento, você adquire cotas de investimento, que são proporcionais ao valor investido.
Quando os títulos investidos pelo fundo valorizam, automaticamente o total da carteira cresce também, valorizando suas cotas.
Os fundos de investimento abrem novas possibilidades aos investidores que não possuem o patrimônio total para investir em determinado ativo, já que ao somar o seu investimento com o de outros investidores, compõe-se uma quantia maior para aproveitar as oportunidades que o mercado pode oferecer.
Qual o objetivo de um fundo?
O principal objetivo dos fundos de investimentos é a diversificação da carteira. Um investidor que tenha R$ 2000 para investir em renda fixa, investiria provavelmente em apenas um CDB ou LC, ficando amarrado a rentabilidade daquele único ativo, porém ao investir R$2000 em um fundo de renda fixa, o investidor poderá surfar na rentabilidade de diversos títulos que compõem a carteira do fundo.
Dessa forma, os fundos de investimento podem te ajudar a proteger a carteira de oscilações e eventualmente render mais que o ativo isolado.
Quem cuida do dinheiro investido em fundo?
O valor investido pelos cotistas do fundo são cuidados por um gestor.
Um profissional autorizado pela AMBIMA, que precisa provar sua experiência e passar por certificação. É ele que toma as decisões nos fundos de investimento, quem decide em qual ativo investir e quando e quanto tirar ou colocar mais dinheiro em determinado ativo.
Porém, o poder não está em apenas uma mão. Os fundos possuem regras pré-estabelecidas que guiam a gestão e ajudam o investidor a escolher se quer ou não aplicar seu dinheiro no fundo.
Outra figura importante na gestão do fundo é o Administrador, que cuida do dia-a-dia das operações do fundo, garantindo que o gestor esteja arcando com suas funções e defendendo os interesses dos investidores.
Os fundos de investimento são monitorados de perto pela ANBIMA e por órgãos fiscalizadores do governo. Antes mesmo de fazer a aplicação, o investidor pode saber a quanto tempo o fundo existe, como está o rendimento, se ele está seguindo o referencial, quanto rendeu no período de um mês, uma semana, último ano, etc.
Saiba mais: Como Investir em fundos de investimentos.
Como escolher entre fundos de investimento
A escolha de um fundo de investimento segue os mesmos princípios da escolha de qualquer outro título. É preciso responder as questões:
- Para quê precisará do dinheiro?
- Em quanto tempo pensa em usá-lo?
- Quanto de risco está disposto a assumir?
Respondendo essas perguntas é possível escolher entre os fundos disponíveis de acordo com valor mínimo de aplicação, data de vencimento e estratégia de escolha de ativos.
Sabendo os tipos de fundos é hora de pesquisar e comparar os fundos e optar por aquele que pareça a melhor opção.
O primeiro passo é entender é que há quatro tipos de fundos. O critério usado para dividi-los é olhar para o que o gestor está autorizado a fazer com o dinheiro, ou seja, em que ativos o gestor do fundo pode investir o dinheiro dos cotistas. A denominação de cada tipo de fundo é baseada nos ativos da carteira do próprio fundo. Vamos conhecer os modelos de fundos.
Fundo de renda fixa
Os fundos de renda fixa têm um percentual de 80% do capital investido em renda fixa (tesouro, CDB pré-fixado, entre outros). Esse tipo de investimento faz com que os rendimentos sejam mais previsíveis e constantes, normalmente porque acompanham uma taxa de juros básica do mercado (por exemplo, a Selic), ou os principais índices de inflação.
A grande vantagem de um título de renda fixa é que são os mais fáceis de investir, pois geralmente o inicial é baixo. Além do risco que também pode ser baixo.
Fundo de ações
Este tipo de fundo é uma alternativa para investir na bolsa de valores sem adquirir diretamente ações de empresas. Sendo assim, este investimento tende a ser mais seguro que aplicar o dinheiro de maneira independente.
Este tipo de fundo de investimento é uma carteira de ativos de renda variável.
Os tipos de gestão podem ser ativa ou passiva: a primeira tem o objetivo de superar o seu índice de referência ou não ter um indicador como referência. A passiva replica o comportamento de um índice de referência de renda variável.
É indicado para quem quer investir na bolsa de valores com ajuda de um profissional especializado. Afinal, a carteira é administrada por um gestor que faz a alocação de patrimônio e segue a estratégia especificada no regulamento.
Fundos Cambiais
Fundos Cambiais são fundos abertos que investem em ativos atrelados a moedas estrangeiras. De modo geral, eles são indicadores para proteger recursos do investidor contra as flutuações de moedas fortes, como o dólar e euro, por exemplo. Mas também podem ser usados para lucrar com a variação positiva da moeda.
Embora estes fundos sejam atrelados à moeda estrangeira, suas aplicações e resgates são sempre efetuados em reais.
Quanto aos ativos, fundos cambiais devem investir pelo menos 80% da carteira em ativos de qualquer nível de risco de crédito relacionados a moedas estrangeiras, como o dólar ou euro. Os 20% da carteira devem ser aplicados apenas em títulos e operações de renda fixa prefixada ou indexada à Selic e ao CDI.
Os fundos cambiais são classificados como moderados ou arrojados., já que estão sujeitos ao risco de flutuação da moeda estrangeira de referência em relação ao real. O câmbio é um dos indicadores mais difíceis de prever. Mas, se a intenção do investidor for se proteger da volatilidade do câmbio, para quem tem obrigações com a moeda estrangeira no longo prazo, pode-se dizer que a aplicação é considerada de baixo risco.
Fundos Multimercados
Esse tipo de fundo tem liberdade para operar diferentes ativos, entre papéis de renda fixa, ações, moedas, derivativos, etc. Essa flexibilidade permite ao gestor montar diversas estratégias, efetuando mudanças nas operações conforme o cenário econômico do mercado.
Essa característica versátil permite que os fundos multimercados atravessem, por exemplo, momentos de forte volatilidade no mercado. Portanto, pode trazer um retorno atrativo, mas obviamente também um alto nível de risco.
Os riscos acoplados neste tipo de fundo ficam basicamente na variação, já que permite aproveitar as incertezas do mercado.
Nos fundos multimercados o investidor pode ter de esperar algum tempo para poder sacar os recursos, já que não há liquidez diária.
O que analisar em um fundo de investimento
É preciso olhar para alguns pontos ao analisar um fundo. Os primeiros são custo e retorno. O custo vem da taxa de administração, e o retorno é o que vai render.
É necessário comparar principalmente o custo e o histórico de rentabilidade registrada pelo fundo. Porém não se pode encarar o histórico de rentabilidade como uma promessa, mas simplesmente como referência do desempenho em determinado período, uma vez que rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro.
Toda a rentabilidade divulgada pelos fundos já descontam todas as taxas, ou seja, pode acontecer de determinado fundo ter uma taxa de administração maior que outro, mas ter uma rentabilidade igualmente maior.
Antes da aplicação, é importante também ler as regras do fundo e se atentar a dois tópicos: prazo de carência, ou seja, se é possível pedir resgate a qualquer momento ou há prazo mínimo e; prazo de resgate, ou seja, quando fizer o pedido do resgate, em quanto tempo ele cairá na conta?
Essas informações te ajudaram a entender a liquidez do fundo e se caso haja necessidade de retirar o valor antes do vencimento, você conseguirá ou saíra no prejuízo.
Imposto de Renda
Os fundos de investimentos tem incidência do Imposto de renda. A alíquota varia de 15% a 22,5%, dependendo do prazo aplicado e do tipo de papel que está na carteira dentro do fundo, como ações ou renda fixa.
A tributação dos fundos é conhecida como “come-cotas”, possui esse nome porque o imposto reduz a quantidade de cotas do investidor.
A cobrança sempre acontece em maio e novembro, com exceção dos fundos de ações, que pagam imposto só no resgate. Para os fundos com curto prazo, paga-se 20% dos ganhos, e no longo prazo cai para 15%. Mas estas são as alíquotas mínimas.
O imposto de renda fixa funciona desta forma: quanto mais tempo aplicado, menor a tributação. Se o valor for sacado em menos de seis meses, por exemplo, o imposto sobe para 22,5%.
Assim, na hora do saque, a instituição cobra a diferença entre os 15% ou 20% pagos no come-cotas e os 22,5% que são efetivamente devidos.
O fundo de investimento pode quebrar?
Cada fundo de investimento tem um CNPJ próprio, independente do seu banco ou corretora. Assim, o dinheiro que está lá não se confunde com o patrimônio do gestor. Se eventualmente o banco quebrar, os cotistas se reúnem e definem outra empresa para gerir o fundo. Depois disso, segue operando normalmente, sob nova direção.
Como investir em um fundo
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