O comércio varejista no Brasil encerrou 2022 com crescimento de 1,0%, sendo este o segundo ano consecutivo que o setor acumula algum nível de expansão, uma vez que em 2021 o comércio avançou 1,9%. Apesar do desempenho positivo, ao longo do ano, o setor apresentou evolução errática. Nos primeiros meses, especialmente no primeiro trimestre, o comércio apresentou um bom nível de crescimento, com essa expansão perdendo força ao longo do segundo trimestre do ano.
Em função das medidas de incremento à renda adotadas pelo governo no meio do ano, como o aumento do valor do Auxílio Brasil, além da aprovação do PLP-18, que desonerou os impostos federais sobre os preços dos combustíveis, o setor foi beneficiado, apresentando uma boa performance nos meses de agosto, julho e outubro. Todavia, mesmo com a Black Friday em novembro e as festo do fim do ano, o comércio perdeu força nos últimos meses de 2022, encerrando o ano com resultados negativos, porém preservando o crescimento acumulado.
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Evolução das atividades do comércio varejista
Em relação à performance dos grupos que compõem o índice geral, devido a aprovação do PLP-18, conforme já citado, o grupo de Combustíveis e lubrificantes encerrou o ano com o maior crescimento acumulado, avançando 16,6%. Outra atividade que encerrou 2022 com expansão foi Livros, jornais, revistas e papelaria. O grupo apresentou um crescimento acumulado na ordem de 14,9%. Entretanto, cabe mencionar que o bom desempenho do grupo ocorre em função de este ter sido uma das atividades que mais sofreram os impactos da pandemia. Ademais, o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, no mesmo sentido dos demais grupos citados, acumulou um crescimento de 6,5% ao fim de 2022. Por fim, pelo lado negativo, chama a atenção o resultado de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que recuou 8,2% no acumulado anual.
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