A penúltima semana de agosto se dá com a divulgação de importantes dados econômicos que trazem um norte ao investidor sobre o rumo que as economias mundiais estão tomando. Fique por dentro de tudo o que vai movimentar o mercado financeiro, e consequentemente os seus investimentos, na agenda do investidor. Confira abaixo!
O que você precisa saber para esta semana?
Apesar de ser uma semana mais amena, alguns dias ganham destaque no cenário econômico. De segunda-feira (22) até sexta (26) muitas águas podem rolar com a divulgação de PMIs da Zona do Euro, Estados Unido e Japão, além do IPCA-15 e falas de Jerome Powell. Tudo isso, definitivamente, pode movimentar o ritmo do mercado financeiro.
Começou tranquila
A segunda-feira não traz dados mega importantes. Às 8h, houve a divulgação do Boletim Focus, que indicou deflação no IPCA/22 de 7,02% para 6,82%, enquanto em 20233 a deflação do indicador foi de 5,38% para 5,33%. Já a projeção para o PIB de 2022 apresentou avanço de 2% para 2,02%, enquanto em 2023 o indicador tem recuo de 0,41% para 0,39%.
No período da tarde, tivemos a divulgação da Balança comercial semanal do Brasil (15h), que registrou superávit comercial de U$ 358,1 milhões na terceira semana de agosto. Sai também o dado de balança comercial de julho da Argentina (16h) e no fim da noite o PMI Industrial do Japão (21h30).
Terça dos PMIs
O dia já começa com a divulgação da prévia do PMI de agosto da Zona do Euro, Reino Unido, França e Alemanha. Mas, eles não serão os únicos, pois às 10h45 sai a prévia do PMI de agosto dos Estados Unidos. Os dados devem trazer um norte para o investidor sobre o indicador cheio, que sairá posteriormente.
Na terça-feira também teremos vendas de casas novas referente ao mês de julho nos Estados Unidos (11h) e confiança do consumidor de agosto na Zona do Euro, no mesmo horário (11h). No fim do dia sai o índice de atividade econômica de junho da Argentina (16h).
Vale dizer que às 8h sai também o IPC-S da 3ª quadrissemana de agosto.
Quartou com IPCA-15
No âmbito nacional, o principal indicador da agenda do investidor é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto, que é considerado uma prévia oficial da inflação do mês e será divulgado na quarta-feira (9h) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois de uma queda de 0,68% no índice cheio em julho, as expectativas do mercado são de que o IPCA-15 tenha uma retração de 0,80% neste mês. Meia hora depois, 9h30, saem os pedidos de bens duráveis de julho nos Estados Unidos.
PMI é a sigla em inglês para índice gerente de compras e é realizada a partir de pesquisas mensais com empresários do setor privado. O índice varia entre 0 e 100, sendo que um número abaixo de 50 indica contração da atividade econômica, em outras palavras, recessão.
Quinta é dia de PIB na agenda do investidor
O dia já começa digerindo o dado do Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre da Alemanha (3h) com perspectiva do mercado de crescimento nulo, depois de uma prévia que apontava alta marginal de 0,2%.
E não é só na Alemanha que teremos dados sobre crescimento econômico. Nos Estados Unidos será conhecido a segunda leitura do PIB da maior potência mundial (9h). Na primeira leitura, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que o PIB no país teve uma contração de 0,9% entre abril e julho.
Caso haja uma deflação no indicador, a maior economia do mundo estará tecnicamente em um período de recessão econômica, já que no primeiro trimestre o crescimento americano teve uma queda de 1,6%. A recessão técnica é caracterizada por dois trimestres seguidos de retração no PIB. As projeções do mercado apontam para um leve ajuste no valor da primeira leitura, levando a baixa para 0,8%.
No cenário doméstico, vale destaque para divulgação do Caged (8h) sobre a evolução do emprego no país. No mesmo horário, sai o índice de confiança do consumidor referente ao mês de agosto.
Mas, não para por aí não, investidor. Na data, haverá a divulgação da ata do Banco Central Europeu trazendo mais detalhes sobre a última reunião de política monetário e os possíveis passos a serem seguidos nos próximos encontros.
Por fim, também na quinta-feira começa o Simpósio de Jackson Hole, evento anual que reúne dirigentes de Bancos Centrais, acadêmicos e economistas de todo o mundo. O encontro acontece desde 1978 e este ano traz como tema a seguinte pauta: “Reavaliando as restrições à economia e à política”.
Sextou com foco em Jerome Powell
O fim da semana não será menos agitado, pelo contrário, tende a ser um dos dias mais importantes na agenda do investidor. Para abrir o dia, sai o índice de preços ao produtor de julho (PPI) do Brasil (9h).
Às 9h30 sai o índice de preços de consumo pessoal (PCE) referente ao mês de julho nos Estados Unidos, indicador que o Fed olha muito quando o assunto é política monetária. Atualmente esse dado acumula alta de 6,8% em 12 meses, bem acima da meta de inflação nos Estados Unidos, que é de 2%.
Coincidentemente, no mesmo dia em que sai um dado importante de inflação para o Banco Central norte-americano, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell fará uma apresentação no Jackson Hole e seu discurso tem potencial para mudar o humor do mercado. A fala do chefão dos Fed boys, prevista para as 11h no horário local, virá depois de um conjunto forte de dados do mercado de trabalho, mas também de uma inflação que estagnou no mês de julho, conforme mostrou o mais recente índice de preços ao produtor (CPI, na sigla em inglês).
Ainda no mesmo horário, sai a confiança o Índice de Expectativa de Consumidor Michigan mede o nível de confiança dos consumidores na atividade econômica. É um indicador importante, pois pode prever os gastos do consumidor, que é uma parte importante da atividade econômica total.
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