O lançamento do CHatGPT, trouxe o tema inteligência artificial a tona. Muitos profissionais comentaram sobre o medo de perder suas posições para inteligências artificiais e muitos outros postaram dicas e ferramentas que utilizam IA para facilitar o trabalho e não substituir.
Além de discussões sobre economia e mercado de trabalho, o mercado financeiro e as grandes corporações não ficaram de fora da conversa.
Hoje vamos mostrar como a inteligência artificial tem sido utilizada atualmente, como ela implica no mercado de trabalho e como o mercado de capitais pode abraçar essa ferramenta para melhorar performance.
O que é ChatGPT e Inteligência Artificial
Quando perguntado o que ele é, o ChatGPT responde “Um modelo de linguagem criado pela OpenAI. Eu fui treinado em uma grande quantidade de dados textuais para ser capaz de responder a uma ampla variedade de perguntas e fornecer informações sobre diversos tópicos. Meu objetivo é ajudar as pessoas a obter respostas para suas dúvidas e fornecer informações precisas e úteis.”
A ferramenta nada mais é do que um chatbot, que utilizando de uma grande fonte de dados consegue responder diversas perguntas de forma rápida e fácil.
Já a inteligência artificial é a base para esse tipo de ferramenta. O termo foi utilizado pela primeira vez por John McCarty em 1956, e pode ser definida como a capacidade da tecnologia de pensar como seres humanos e que, frente a determinadas situações, possa aprender, perceber e tomar decisões de forma racional.
O mercado financeiro já usa a Inteligência artificial
No mercado financeiro, os bancos tem conseguido abraçar muito bem a IA, tornando-as verdadeiros repositórios de dados dos clientes.
Big Data e Machine Learning são duas áreas de estudo relacionadas a IA que tem gerado maior compreensão sobre os clientes e proporcionado que a inteligência artificial ofereça serviços cada vez mais otimizados para cada perfil.
A análise de risco de crédito, por exemplo, é uma das atividades que vem sendo executada por inteligências artificiais, capazes de ler e analisar uma grande quantidade de dados do cliente e definir, de acordo com as políticas e regras da empresa, se é possível disponibilizar o crédito ao cliente.
A IA também tem ajudado na prevenção de fraudes, uma vez que é capaz de analisar padrões e detectar movimentos fora do comum, facilitando processos burocráticos e prevenindo problemas jurídicos.
Os traders também já tem certa experiência com a IA, afinal os robôs traders, usados por muitos para realizar operações no mercado financeiro, nada mais são do que inteligências artificiais que identificam padrões no mercado de capitais e reagem de acordo com a estratégia definida pelo trader.
Robôs investidores?
Para além dos robôs traders, a IA pode ser capaz de tomar o lugar de assessores de investimento? É possível ter uma carteira de investimentos montada de forma lógica e segura por uma IA, que seleciona investimentos e porcentagens que façam sentido para o seu objetivo e perfil, além de calcular e analisar diversas opções e informações de rentabilidade e prazo para oferecer uma carteira rentável.
Isso não sinaliza o fim dos assessores de investimento, afinal, todo conteúdo gerado por IAs generativas é passível de erro e precisa ser revisado por olhos humanos. A tecnologia pode ser uma ferramenta que auxilia assessores e investidores e ajuda na tomada de decisão analisando os dados e permitindo que os assessores realmente tomem a decisão final.
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O impacto da IA na economia
A preocupação sobre perder o emprego para as inteligências artificiais não é completamente infundada. Enquanto a tecnologia, como novo fator de produção, pode gerar novas fontes de crescimento, alguns pesquisadores acreditam que a automação pode afetar 49% das atividades de trabalho e eliminar cerca de 5% dos empregos.
Porém, se para o trabalhador a tecnologia pode oferecer um risco, um estudo realizado pela Accenture, prevê que as taxas de crescimento econômico anuais sejam duplicadas até 2035 e a produtividade da força de trabalho aumente em até 40%.
O artigo, The Real Threat of Artificial Intelligence, do New York Times, afirmou que enquanto as empresas desenvolvedoras e que utilizam a Inteligência Artificial verão lucros e crescimento, os trabalhadores podem enfrentar uma grande diminuição no quadro de funcionários.
Não é preciso ir muito longe ou especular muito acerca disso, nos últimos meses grandes empresas de tecnologia como Microsoft e Google passaram por ondas de demissão, afirmando que precisavam reestruturar as operações e focar em novos projetos, sendo um deles, o desenvolvimento de inteligência artificial.
A Alphabet após anunciar a demissão de 12 mil funcionários destacou a IA como área de importância. A Microsoft investiu R$10 bilhões na OpenAi, após demitir 10 mil funcionários.
Vale a pena investir na inteligência artificial?
O assunto não passou batido pela galera da Faria Lima. Em pesquisa realizada pela MLIV Pulse, a maioria dos entrevistados do setor financeiro não se preocupa com a perda de emprego para a inteligência artificial nesse primeiro momento.
Muito pelo contrário, o assunto foi visto como um incentivo a investimentos no setor de tecnologia, uma vez que o desenvolvimento dessas ferramentas pode gerar grandes recompensas financeiras. 41% dos entrevistados na pesquisa revelaram que planejam aumentar a exposição às ações de tecnologia.
No setor corporativo, esse lançamento fez com que diversas empresas de tecnologia corressem para desenvolver suas próprias tecnologias de IA. Empresas como BuzzFeed, C3.ai, SoundHound AI e BigBear.ai viram suas ações subirem nos últimos dias e dados do PitchBook mostraram um crescimento de 400% desde 2020 do investimento de capital de risco em IA generativa.