Uma semana às vésperas da reunião de política monetária dos Estados Unidos, Brasil e Reino Unido, alguns indicadores ganham um destaque especial. Confira tudo o que vai movimentar o mercado entre os dias 12 a 16 de setembro na agenda do investidor.
O que você precisa saber para esta semana?
Alguns dados são destaque: A prévia do PIB brasileira, as pesquisas mensais do comércio e serviços, as vendas do varejo e produção industrial dos Estados Unidos e China, além de dados referentes ao setor imobiliário chinês, comados à inflação na Zona do Euro devem trazer certa volatilidade ao mercado.
Começou tranquila
A semana começou mais amena para o investidor. Não saíram dados fortes o suficiente para fazer peso no mercado nesta segunda, que, inclusive, acompanhou o ritmo positivo do mercado internacional.
Logo pela manhã foi divulgado o índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo. Segundo dados, o indicador referente a 1ª quadrissemana de setembro apresentou inflação de 0,15% MoM, marginalmente acima do resultado imediatamente anterior (0,12% MoM).
Quase no mesmo horário, o tradicional boletim Focus trouxe boas novas aos investidores. De acordo com as projeções do relatório, as projeções de inflação continuam em queda.
FOCUS: PROJEÇÃO DO IPCA PARA 2022 CAI DE 6,61% PARA 6,40% (SEMANA PASSADA)
FOCUS: PROJEÇÃO DO IPCA PARA 2023 CAI DE 5,27% PARA 5,17% (SEMANA ANTERIOR)
FOCUS: PROJEÇÃO DE SELIC PARA 2022 PERMANECE EM 13,75% PELA 12ª SEMANA SEGUIDA
FOCUS: PROJEÇÃO DE SELIC PARA 2023 CONTINUA EM 11,25%
FOCUS: PROJEÇÃO DO PIB PARA 2022 SOBE DE 2,26% PARA 2,39% (SEMANA PASSADA)
FOCUS: PROJEÇÃO DO PIB PARA 2023 SOBE DE 0,47% PARA 0,50%
FOCUS: PROJEÇÃO DO CÂMBIO PERMANECE EM R$ 5,20 PARA 2022 E 2023 PELA 7ª SEMANA SEGUIDA
Acesse o relatório completo aqui
Na Zona do Euro, a produção industrial da Itália referente ao mês de julho apresentou crescimento de 0,4%. Apesar do resultado positivo, houve queda no acumulado anual da produção industrial, que saiu de -1,1% para -1,4% entre junho e julho. Considerando o trimestre encerrado em julho, a produção industrial teve queda de 1,6% comparado ao resultado observado entre fevereiro e abril.
Já o PIB do Reino Unido teve variação de 0,2% em julho, resultado marginalmente abaixo da expectativa de mercado, que previa uma expansão de 0,3%, embora tenha sido muito superior ao resultado imediatamente anterior, quando houve retração de 0,6%.
De olho na terra do tio Sam
A terça-feira tem dois indicadores de peso e um deles é extremamente aguardado pelo mercado financeiro. No cenário interno, sai a Pesquisa mensal de Serviços (PMS) com o volume mensal de serviços, às 9h, divulgada pelo IBGE.
Meia hora depois, às 9h30, sai a inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) referente a agosto com expectativa de deflação na comparação mensal. O dado se faz importante por anteceder uma semana da reunião de política monetária do Banco Central americano. O mercado já precifica um aumento de 75pp no FOMC, no entanto, dependendo do resultado dos indicadores, as apostas podem mudar, bem como a conduta dos Fed boys no encontro do dia 21 de setembro.
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Mais um dia de inflação e pesquisa
Dando sequência na divulgação das pesquisas mensais, na quarta, será divulgado a pesquisa mensal do comércio (PMC), que traz o volume de vendas no varejo, também divulgado às 9h pelo IBGE.
Assim como na terça, a inflação ao produtor nos Estados Unidos sai às 9h30. O dado também merece atenção, pois, toda inflação que pressiona os preços para os produtores, tende a ser repassada junto com o produto para o consumidor. Consequentemente, se o PPI de agosto apresentar inflação, esse aumento deve bater no CPI de setembro. Para o dado, espera-se também uma deflação na comparação mensal.
Às 11h30 saem os estoques de petróleo bruto (DOE) dos Estados Unidos, o dado é divulgado semanalmente. É interessante ficar de olho no volume, tendo em vista uma certa queda na produção da commodity, impactada pela guerra da Rússia na Ucrânia e o corte na produção diária de BOE anunciado pela OPEP+ na semana passada.
Quinta-feira é o dia
O penúltimo dia da semana vem recheado de indicadores. O dia começa com o IBC-Br referente a julho, que é conhecido como uma prévia do PIB brasileiro. No dado passado, o indicador apresentou salto positivo de 0,69%.
Nos Estados Unidos saem pedidos de auxílio desemprego, Empire Manufacturing e vendas do varejo às 9h30. Pouco depois temos produção industrial e estoques empresariais. Para fechar o dia, a partir das 22h30 começam a ser divulgados dados de peso na China, entre eles: vendas residenciais, produção industrial, vendas do varejo, investimentos imobiliários e taxa de desemprego.
Sextou
A agenda do investidor termina com a inflação ao consumidor da Zona do Euro (CPI), abrindo o dia. O dado não deve ser dos melhores devido as atuais condições econômicas sombrias do bloco.
Pouco depois, saem o IPC-S referente a 2ª quadrissemana de setembro e o IGP-10, ambos divulgados pela FGV às 8h. Por fim, às 11h sai a prévia do mês de setembro da pesquisa de confiança do consumidor de Michigan, nos Estados Unidos.
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