Depois de uma semana de calor para o Carnaval, mas morna para o mercado financeiro, a transição de fevereiro para março está recheada de indicadores, balanços corporativos e decisões político-econômicas importantes.
No campo político, a questão dos combustíveis deve tomar o noticiário ao longo dos próximos dias. Além do mês de fevereiro, a desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis também chega ao fim nesta terça-feira. A decisão, confirmada pelo Ministério da Fazenda na segunda (27), aconteceu após conversas entre o ministro Fernando Haddad e o presidente Lula.
A cobrança de PIS/Cofins e a Cide, foi suspensa na gestão passada e prorrogada no início deste ano, devido ao aumento do preço do barril do petróleo e, consequentemente, dos combustíveis nos postos de gasolina. Com o fim da medida, a expectativa é de que o litro da gasolina aumente em cerca de R$ 0,69 e o do etanol em R$ 0,24.
A Petrobras está em destaque entre os balanços mais aguardados. Os resultados da petroleira saem na quarta-feira (1º). O mercado aguarda alta nos lucros, mas a expectativa maior do investidor está no anúncio de pagamento de dividendos da empresa sob o novo comando de Jean Paul Prates, indicado por Lula. Entre os balanços para esta semana, ainda teremos:
Mas não para por aí. Segunda-feira já começou com dados domésticos relevantes, como o Boletim Focus, IGP-M e dados de Crédito do Banco Central.
Confira a agenda completa e os destaques que o investidor precisa ter no radar esta semana (27 de fevereiro a 03 de março):
Segunda-feira
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como “inflação do aluguel”, recuou 0,06% em fevereiro, após alta de 0,21% em janeiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Já o mercado financeiro elevou, pela 11ª semana consecutiva, a projeção da inflação para 2023. Segundo o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC), o IPCA deve encerrar 2023 em 5,90%, frente os 5,89% previstos na semana anterior. Veja principais projeções da semana:
- INFLAÇÃO
IPCA 2023: ↑ 5,90%, frente 5,89% na semana anterior
IPCA 2024: ↑ 4,02%, frente 4,02% na semana anterior
- JUROS
Selic 2023: se manteve em 12,75%
Selic 2024: se manteve em 10%
- CRESCIMENTO
PIB em 2023 : ↑ de 0,84%, ante 0,80% na semana anterior
PIB em 2024 : se manteve em 1,50%
- DÓLAR
Taxa de câmbio 2023: de R$ 5,25 no final de 2023, contra R$ 5,25 na semana anterior
Taxa de câmbio de 2024: ↑ R$ 5,30 no final de 2024, contra R$ 5,29 na semana anterior
Terça-feira
No último dia de fevereiro, as atenções se voltam para os dados consolidados do setor público e estatísticas fiscais de janeiro (dívida bruta e líquida, balanço orçamentário, entre outros).
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que atualiza o cenário de empregabilidade no Brasil com dados de dezembro e do acumulado de 2022.
No Brasil, este será o último dia da desoneração PIS/Confins sobre a Gasolina (caso governo federal e Petrobras não anuncie prorrogação ou alternativas). Já à noite (horários de Brasília), saem Índice Gerente de Compras do Japão (21h30h) e da China (22h30).
Quarta-feira
A balança comercial brasileira será divulgada às 15h pelo Ministério do Desenvolvimento. Antes disso, o investidor fica atento aos movimentos externos no início do dia, com o combo de PMI’s da Indústria da Zona do Euro, Reino Unido e dos Estados Unidos. Alemanha também informa os dados mais recentes de emprego.
Quinta-feira
Dia mais agitado, especialmente no Brasil e na Zona do Euro. Por aqui, o IBGE apresenta o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2022 e do acumulado do último ano. A última revisão do Boletim Focus, divulgada na última semana de dezembro, indicava um PIB de 3,04%.
Ainda pela manhã, a declaração do Banco Central Europeu a respeito da política monetária deve movimentar os mercados globais. Conforme divulgado pelo portal Investing, analistas do Goldman Sachs estimam um aperto monetário de 50 pontos base na próxima decisão do BCE, em 16 de março. Caso isso se confirme, a taxa de juros na Zona do Euro ficará em 3,5%.
Sexta-feira
Com a agenda doméstica esvaziada, o investidor acompanha indicadores da Zona do Euro, com PIB da Itália e PPI e PMI Composto – individual e conjunto – dos países do bloco. Reino Unido e EUA também acompanham os resultados do Índice Gerente de Compras Composto.
No final do dia, Barkin, membro do FOMC (comitê de política monetária do Federal Reserve), discursa nos Estados Unidos e atrai olhares para algum aceno sobre a política monetária no país.
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