Com um ritmo menos intenso do que o da semana passada, a agenda de indicadores ainda segue recheada e ganha um gás com a divulgação do balanço trimestral de grandes bancos.
Agenda da semana: o mercado financeiro na palma da sua mão
No entanto, o dia já começou repleto de dados na Zona do Euro e Reino Unido. Na Zona do Euro, a manhã contou com a divulgação do indicador de vendas no varejo da Zona do Euro, que sofreram queda de 2,7% MoM em dezembro, resultado inferior à expectativa de mercado, que projetava retração de 2,5%, revertendo ainda o crescimento de 1,2% registrado em novembro. Na média, as vendas no varejo apresentaram crescimento de 0,7% frente ao desempenho de 2021.
Na composição do resultado, destaque para as quedas significativas nos grupos de alimentos, bebidas e tabaco (-2,6% MoM) e produtos não alimentícios (-2,6% MoM), enquanto o grupo de combustíveis apresentou crescimento de 2,3% no período.
Já na Alemanha, as encomendas à indústria expandiram 3,2% MoM em dezembro, significativamente acima da expectativa de mercado de 2,0% MoM. Esse é o maior crescimento desde novembro de 2021. Apesar do bom resultado na base mensal, o indicador recuou 10,1% se comparado com o mesmo período do ano anterior, mas ainda está marginalmente acima do período pré-pandemia. Houve crescimento de 5,7% nas encomendas domésticas. As encomendas estrangeiras aumentaram 1,2%.
A manhã de segunda-feira contou ainda com a divulgação dos PMIs do setor de construção do mês de janeiro das principais economias da Zona do Euro, que como característica geral apresentaram resultados melhores que os de dezembro, embora ainda sigam em território recessivo.
Na Alemanha, o PMI de construção saiu de 41,7 para 43,3 pontos, enquanto na França o avanço foi ainda mais expressivo, com o indicador saltando de 41 para 48,4 pontos. Na Itália, o PMI saiu de 47 para 48,2 pontos. Com estes resultados, o PMI de construção da Zona do Euro foi de 42,6 para 46,1 pontos.
Por fim, o Boletim Focus apresentou tendência de alta na projeções para a inflação tanto para 2023 quanto para 2024 continua entre os analistas do mercado financeiro. A projeção de inflação para 2024 avançou de 3,90% para 3,93% (terceira semana de alta), enquanto a de 2025 ficou nos mesmos 3,50% projetados há uma semana e a de 2026 também permaneceu em 3,50%.
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 caiu de 0,80% para 0,79%, enquanto a de 2024 foi mantida em 1,50%, a de 2025 permaneceu em 1,89% e a de 2026 continuou em 2,0%.
A previsão da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) foi mantida em 12,50% para este ano, mas a de 2024 subiu de 9,50% para 9,75%. A de 2025 avançou de 8,50% para 9,0% e a de 2026 foi mantida em 8,50%. A estimativa para o dólar foi mantida em R$ 5,25 para este ano, e em R$ 5,30 para 2024, 2025 e 2026.
Selic em 13,75%: Títulos pré ou prós-fixado?
Mais agenda
A Balança comercial nos EUA e na França vão ser divulgados na terça. Já na quarta estaremos de olho nos discursos do membro do Fomc, nesse pós-payroll e redução do aperto nos juros.
Índices de inflação estão na agenda de indicadores de China e Japão, na quinta-feira e da Alemanha na sexta, quando também sai o PIB do Reino Unido.
Na terça-feira (7), a Ata do Copom será divulgada. No mesmo dia, a FGV divulga o IGP-DI. E a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostra os resultados referentes ao mês de janeiro. Para o ano de 2023, a entidade prevê uma alta de 2,2% na produção de veículos e de 3% nos licenciamentos.
Ainda na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulga dados do setor no ano de 2022. Na quinta, temos o IPCA de janeiro.
Depois que o Santander dar o pontapé inicial na agenda de balanços dos bancões, na última quinta-feira, chegou a vez de a gente conhecer os resultados de Itaú, na terça, e do Bradesco, na quinta – ambos após o fechamento de mercado.
Além dos números que os investidores costumam acompanhar nos resultados, o mercado vai dar atenção especial às provisões das instituições financeiras relacionadas ao caso Americanas.
O balanço de bancos menores também estão na agenda dessa semana, que inclui outros destaques, como: Klabin, Tim e Usiminas.