Mais uma semana movimentada no mercado financeiro e, às vezes, fica difícil para o investidor acompanhar tudo. Inflação na China, Estados Unidos, Brasil, vendas no varejo, pesquisa mensal de serviços e muitos outros indicadores. Perdeu a divulgação de algum destes dados?
Não se preocupe, investidor, fizemos um resumo com tudo o que você precisa saber antes de terminar a semana. Confira!
SEGUNDA-FEIRA
A semana já começou com a divulgação de dados referentes à Confiança do Investidor da Zona do Euro que recuou mais do que os analistas estimavam (25,2 pontos contra 24,7 projetados). O indicador é relevante porque mede a visão dos investidores em relação à economia da zona do euro.
Também tivemos a inflação medida pelo IPC-S caindo 1,13% na primeira quadrissemana de agosto. Segundo a FGV, o IPC-S acumula alta de 6,02% nos últimos 12 meses. nesta apuração, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação.
Para fechar as principais informações do dia, a balança comercial chinesa apresentou superávit de US$ 101,26 bilhões em julho, valor superior à expectativa de mercado. O bom desempenho foi puxado especialmente pelo crescimento das exportações.
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TERÇA-FEIRA
Na super terça tivemos a divulgação de indicadores de peso, como o IPCA que afeta e baliza muitos investimentos. O Índice Nacional De Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, caiu 0,68% em julho, desacelerando-se em relação à alta de 0,67% apurada em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE. Trata-se da menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980, e a maior deflação desde o plano real.
O IPC-Fipe subiu 0,02% na 1ª quadrissemana de agosto. O resultado mostra leve desaceleração em relação ao aumento de 0,16% observado no fechamento de julho, segundo dados publicados pela Fipe referentes à cidade de São Paulo. Na leitura inicial deste mês, seis dos sete componentes do IPC-Fipe perderam força ou ampliaram deflação.
Outro grande destaque foi a ATA do Copom, divulgada pelo Banco Central, que deixou no ar a possibilidade de interpretação para um possível fim do ciclo de alta da Selic. A instituição sinalizou, mais uma vez, que irá avaliar a necessidade de ajuste residual de sua principal ferramenta no combate à inflação no próximo Copom, marcado para setembro.
No documento, a instituição financeira aponta que trajetória de juros pode terminar em 13,75% a.a. em 2022, e reduzir para 11% em 2023 e 8% em 2024. No comunicado da semana passada, quando o Copom anunciou a alta de 0,50 ponto percentual, que elevou a Selic para 13,75%, a autoridade monetária já tinha comentado que talvez fosse preciso um reajuste mais brando, de 0,25 pp por causa da inflação e deterioração fiscal.
No Reino Unido, o Índice de Vendas no Varejo calculado pelo British Retail Consortium referente ao mês de julho apresentou alta de 1,6% MoM, superando a expectativa de mercado, cuja projeção era de uma retração de 1,5%, bem como o resultado do período imediatamente anterior, quando houve queda de 1,3%.
O CPI de julho da China ficou em 0,5% MoM, em linha com a expectativa do mercado. Em 12 meses, a inflação ao consumidor está em 2,7% e contrasta com os 2,9% YoY projetados. Ainda que tenha ficado abaixo da expectativa de mercado, a inflação assusta o investidor. Esse foi o pico em 2 anos e não há expectativa de desaceleração no curto prazo.
QUARTA-FEIRA
O dia começou com os investidores de olho nos índices de inflação (CPI) na Zona do Euro. O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Alemanha teve elevação de 0,9% em julho, resultado em linha com a expectativa de mercado. No ano, o indicador acumula alta de 7,5%, tendo retraído marginalmente frente aos 12 meses encerrados em junho, quando ficou em 7,6%.
No Brasil, o volume de vendas do comércio varejista (PMC) recuou 1,4% em junho na comparação com maio, na série com ajuste sazonal, de acordo com IBGE. Na comparação com junho de 2021, a queda foi de 0,3%. Este foi o pior resultado mensal desde dezembro e a segunda queda consecutiva do indicador.
Na Itália, o IPC apresentou expansão de 0,4% MoM, resultado correspondente à expectativa de mercado. Comparado com julho de 2021, a variação foi de 7,9%, desaceleração marginal frente aos 12 meses encerrados em junho, quando ficou em 8%.
Já nos Estados Unidos, o CPI de julho do país não apresentou variação frente ao mês anterior, resultado superior que a expectativa de mercado, que previa uma elevação de 0,2%. No acumulado anual, o CPI desacelerou de 9,1% para 8,5%, enquanto seu núcleo permaneceu estável em 5,9%.
QUINTA-FEIRA
No Brasil, a manhã foi marcada Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) referente ao mês de junho. O volume do setor de serviços cresceu 0,7% em junho na comparação com maio, na série com ajuste sazonal. Na comparação com junho de 2021, sem ajuste sazonal, a alta é de 6,3% (a 16ª taxa positiva consecutiva). Com isso, o setor de serviços acumula alta de 0,36% em 2022.
Durante a tarde, a inflação ao produtor (PPI) dos Estados Unidos apresentou um recuou 0,5% em julho na comparação com junho. no acumulado em 12 meses, o PPI desacelerou para 9,8%. No PPI, a retração foi impulsionada por um forte recuo de 1,8% nos preços dos bens de demanda final. Já o índice de serviços de demanda final avançou 0,1%.
SEXTA-FEIRA
Enfim, sextou. Para hoje, os investidores devem se manter atentos à divulgação do índice de Produção Industrial na Zona do Euro às 6h e a Confiança do Consumidor de Michigan, nos Estados Unidos, às 11h.
Vale dizer também que estamos na temporada de balanços (2TRI22) das empresas e nesta-sexta divulgam seus resultados: Vamos, Cosan, Ser Educacional, Copasa, Inter Construtora, Cemig, PDG Realty, entre outras.
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