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Muitas pessoas acham que o mercado financeiro é recente e algo da modernidade que veio junto com a globalização, por exemplo, mas a história do mercado financeiro brasileiro é tão antiga quanto em outras partes do mundo, assim como nosso sistema financeiro também. O início do Mercado Financeiro Brasileiro e a fundação do Sistema Financeiro […]
VITOR PIAZZI •
07 fev 2025 •
11 min de leitura
Muitas pessoas acham que o mercado financeiro é recente e algo da modernidade que veio junto com a globalização, por exemplo, mas a história do mercado financeiro brasileiro é tão antiga quanto em outras partes do mundo, assim como nosso sistema financeiro também.
Para falarmos da história do mercado financeiro, precisamos voltar um pouco e falar sobre o surgimento do Banco do Brasil em 1808 no Rio de Janeiro. E para falarmos do Banco do Brasil, temos que voltar mais ainda, para D. João VI.
Nascido em 1767, Dom João foi um dos príncipes reais de Portugal, apesar de não ter pretensão de ser rei nem príncipe de nenhuma das colônias portuguesas, tendo em vista que seu irmão seria o próximo da lista a assumir o trono da coroa. Todavia, em 1788, seu irmão Dom José faleceu, dessa forma dando o trono para Dom João.
Na época em que isso ocorreu, o príncipe Dom João tinha apenas oito anos de idade. Dessa forma, foi treinado até assumir a regência do Reino em 1799 e teve que sair de Portugal devido à pressão da coroa portuguesa.
Antes dele desembarcar em Salvador, instituiu a primeira Faculdade de Medicina do país e decretou a Abertura dos Portos às Nações Amigas, ou seja, abriu os portos brasileiros para que negociássemos com outros países (antes disso, os portos só podiam receber embarcações portuguesas). Com isso, o país passou a ter um comércio livre.
Desembarcou em Salvador e, logo depois, no Rio de Janeiro, criando o Banco do Brasil, que foi fundado com o objetivo de ajudar no desenvolvimento do país, organizar as finanças de Portugal, emitir moedas, conceder crédito ao governo, entre outras funções.
Em 1808, com a fundação do Banco do Brasil, tivemos a primeira empresa a ser negociada na bolsa e a primeira instituição bancária. Em 1829, o banco enfrentou sua primeira crise devido à independência do Brasil, declarada em 1822, pois, com ela, ocorreram momentos de instabilidade econômica.
O Banco do Brasil foi reaberto em 1851, durante o reinado de Dom Pedro II, de uma forma mais estruturada e com o país em um momento mais estável. Nesse momento, o banco foi fundamental para apoiar o desenvolvimento industrial (que se encontrava em uma fase muito inicial) e agrícola.
Ele desempenhou um papel relevante no desenvolvimento do sistema financeiro brasileiro, especialmente após sua reabertura em 1851. Ele contribuiu para a formação de um mercado financeiro um pouco mais desenvolvido, mas o conceito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que conhecemos hoje, não estava completamente formado nesse período, é claro.
Antes de existir de fato a Bolsa de Valores, as negociações se davam diretamente na rua, pelos comerciantes. Existiam também negociações diretas de títulos da dívida pública da coroa portuguesa para os brasileiros ricos, donos de engenhos, por exemplo, mas o banco também foi fundamental para a estruturação do mercado de crédito, pois, com seu retorno, passou-se a negociar créditos.
Tudo isso citado foi uma preparação para a estruturação de uma bolsa de valores oficial, até mesmo por necessidade, devido ao desenvolvimento do país. Contudo, logo após 1851, o Brasil enfrentava desafios econômicos e políticos, sofrendo principalmente com uma instabilidade por conta da coroa e da oposição crescente ao modelo monárquico.
No período, a economia cafeeira era a principal força motriz da economia brasileira, e São Paulo e Rio de Janeiro eram os centros de produção e exportação de café, o que começava a gerar a necessidade de um mercado financeiro mais organizado devido à demanda.
Em 15 de novembro de 1889, tivemos a Proclamação da República, o que foi uma mudança na forma de governança do país, alterando também o modelo econômico. Como falado anteriormente, a maior fonte de renda do país era o café, e, no momento, a negociação era em grande quantidade (interna e exportadora), o que gerou a necessidade de um mercado financeiro.
Com o cenário mudado e mais favorável, com a vinda da República Federativa, o mercado financeiro foi adaptado e, de certa forma, inaugurado de uma forma um pouco mais estruturada. Além disso, no mesmo ano, foi fundada a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) e, em São Paulo, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Bom, na verdade, não era ainda a Bovespa como conhecemos hoje. Antes, era a Bolsa Livre de São Paulo, criada em 1890, por Emílio Rangel Pestana.
Um adendo no nosso texto histórico: a BVRJ operou por 155 anos, tendo grandes feitos de negociação no mercado e grande volume negociado. Negociou 4,686 bilhões de reais ao longo de 62 pregões. Todavia, teve suas atividades encerradas nos anos 2000. Atualmente, se estuda a possibilidade de reabertura da bolsa e há esforços para que isso ocorra.
Emílio Rangel, nascido em 1848, paulistano, foi responsável pelo desenvolvimento do mercado financeiro, sendo pioneiro na criação de instituições financeiras de investimento. Rangel é lembrado principalmente pela sua atuação na criação da Bolsa Livre de São Paulo, ou seja, foi precursor na criação da nossa bolsa de valores, a Bovespa, e criou a base para a formação da B3 (Brasil, Bolsa e Balcão).
Pulando um pouco no tempo, vamos para o ano de 1917, pois temos o marco da criação da Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP), que representa um marco fundamental na organização e desenvolvimento de commodities no Brasil.
Durante 75 anos, a BMSP teve um papel importante em todos os aspectos de comercialização do algodão e café. O principal objetivo por trás da criação era desenvolver negócios de futuros no mercado de algodão, pois o país tinha um forte comércio externo. Durante sua existência, o número de contratos futuros negociados na BMSP mostrou enormes flutuações, com alguns anos quase sem negócios, e em outros com um volume de contratos representando quantidades superiores à própria safra. Por conta disso, no futuro, em 1991, a bolsa se fundiu com a BM&F (atual Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Mas voltando ao contexto pós-criação, anos depois, tivemos a tão conhecida crise de 29, o crash da bolsa, também conhecida como Grande Depressão, que causou fortes impactos no nosso mercado nesse período. Na verdade, em 1931, tivemos a crise do café.
Entre 1931 e 1944, o Brasil queimou 78,2 milhões de sacas de café para tentar controlar o preço do café no mercado.
Os EUA eram, na época, os maiores consumidores de café do nosso mercado, e 50% do valor gerado para o país vinha da exportação do café. Dessa forma, quando ocorreu o crash de 1929 nos EUA, passou a diminuir o consumo, o que afetou a exportação e cotação do café por muitos anos.
No início de 1929, uma saca de café no Brasil valia por volta de 20 mil réis, no final do mesmo ano, a saca valia 40.000 réis. Por conta disso, a medida mais radical adotada na época para controle dos preços foi a queima do café, o que ajudava a reduzir a volatilidade da BMSP.
Contudo, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP) desempenhou um papel fundamental na organização e formalização do mercado de commodities no Brasil, ajudando a proteger compradores e vendedores de produtos essenciais, como o café e o algodão, das flutuações de preço.
Ao permitir a negociação de contratos futuros e proporcionar maior segurança e previsibilidade, a bolsa não só promoveu a estabilidade no setor agrícola, mas também contribuiu para o fortalecimento da economia brasileira, promovendo maior transparência, segurança jurídica e atratividade para investimentos, tanto internos quanto externos. A criação da BMSP é, portanto, um marco na história do mercado financeiro brasileiro, que ajudou a pavimentar o caminho para a globalização e a modernização do mercado de commodities.
Avançando mais um pouco na história, tivemos a criação da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) e a fusão com a BMSP. A fundação dela foi um marco importante para o desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro, principalmente quando falamos de derivativos, pois a BM&F se provou mais avançada tecnologicamente e sistematicamente.
Dessa forma, a fusão com a BMSP foi a solução para a inconstância de liquidez, tornando o mercado muito mais consistente em negociações de mercado futuro.
Mas faço um adendo aqui, para que não se confunda: quando estamos falando de BM&F e BMSP, estamos falando de derivativos, ou seja, contratos futuros de commodities, dólar, índice e afins. Não estamos incluindo ações nessa negociação.
Dito isso, vamos recuar novamente historicamente para tratar das ações, voltando à criação da Bovespa. Como dissemos nesse texto anteriormente, Emílio Rangel foi responsável por criar a Bolsa Livre de São Paulo, que foi a tentativa de organização do mercado (isso datado em 1890). Nessa época, o mercado ainda era pouco estruturado e negociava ações de transporte e o próprio Banco do Brasil.
Pulando historicamente, tivemos em 1965 outro marco muito importante para ser destacado, em um período que o nosso mercado começou a se desenvolver de forma mais assertiva e séria. Tivemos nesse período o surgimento no Brasil das sociedades corretoras, em substituição aos corretores oficiais que faziam o serviço de corretagem, mas, em vez de ser uma instituição, o mercado era focado em pessoas. A instituição ganhou autonomia administrativa e deixou de ser subordinada à Secretaria da Fazenda.
Além disso, no ano seguinte, surge o nome oficial de Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), e em 1968 a BOVESPA lança o IBOVESPA, ou seja, nosso índice com as principais ações do mercado, servindo como benchmark (índice de referência para o mercado). Esse desenvolvimento mais célere do mercado se deu muito também pelo momento histórico conhecido como o “Milagre Econômico”, que estávamos vivendo, com um rápido crescimento econômico e o PIB entregando taxas bem altas.
O próximo marco que temos é a chamada modernização das corbeilles.
Corbeille é o sistema de negociação em roda das bolsas de valores, com uma mesa centralizada, na qual os operadores fechavam seus negócios. Esse sistema foi criado em Paris e adotado pelo Brasil na Bolsa Livre em 1934.
Contudo, em 1968, esse tipo de negociação foi modernizado com 3 balcões de aço, tornando a negociação mais próxima do que víamos no chamado pregão viva voz.
No ano de 1972, as negociações em São Paulo ganham um novo espaço, com uma sede própria, localizada na Álvares de Penteado, e um marco muito importante que tivemos nesse ano foi a entrada da tecnologia no mercado, com a visualização de um painel eletrônico no qual as cotações eram dadas e acompanhadas em tempo real.
Em 1976, a “polícia” do mercado financeiro, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), foi criada para disciplinar e fiscalizar o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no Brasil, o que foi importante para trazer maior credibilidade ao nosso mercado financeiro perante o mundo e mais confiança aos negociadores internos.
E aqui temos início de uma modernização mais acelerada, com lançamentos e feitos muito maiores no nosso mercado, como o lançamento de um espaço para negociações da BM&F, a inauguração da CETIP, a unificação de todos os mercados regionais nos anos 2000, o último pregão viva voz em 2005.
Inclusive, destacando o pregão viva voz, com histórias incríveis do seu funcionamento, faremos um texto contando todo esse momento, com histórias reais do mercado.
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