Setembro chegou e com ele uma série de indicadores econômicos que vão movimentar o mercado financeiro. Fique por dentro de tudo o que pode influenciar os seus investimentos na agenda do investidor. Confira abaixo!
O que você precisa saber para esta semana?
Com uma agenda doméstica mais amena, quem ditará o ritmo do mercado financeiro dentre os dias de 5 a 9 de setembro será o cenário internacional, que conta com uma série de indicadores de peso, além de reuniões e pronunciamentos de dirigentes dos bancos centrais da Europa e Estados Unidos.
PMIs dão start na semana
O dia começou com a divulgação de uma série de PMIs na Zona do Euro, Japão e na China. O ferido do Dia do Trabalho manteve as bolsas americanas fechadas nesta segunda (5).
Na China, o PMI composto recuou de 54,0 para 53,0 em agosto, mas seguiu acima da marca de 50, que indica expansão da atividade. divulgado no mesmo levantamento, o PMI de serviços caiu de 55,5 para 55,0. Além dos dados, a cidade de Shenzhen apertou no último domingo (4) as restrições contra a covid e Chengdu estendeu o lockdown.
No Japão, o PMI do setor de serviços caiu de 50,3 em julho para 49,5 em agosto.
Mas, o que decepcionou mesmo foram os dados da Zona do Euro. O PMI composto caiu de 49,9 em julho para 48,9 em agosto, atingindo o menor nível em 18 meses e com o resultado abaixo de 50 mostrando que a atividade segue em contração. PMI serviços diminuiu de 51,2 para 49,8 no mesmo período, tocando o menor patamar em 17 meses.
O PMI de serviços da Alemanha caiu de 49,7 em julho para 47,7 em agosto. PMI composto alemão, que engloba serviços e indústria, caiu de 48,1 para 46,9 no mesmo período, tocando o menor patamar em 27 meses.
Apenas o Reino Unido conseguiu segurar as pontas, em partes, apresentando dados acima da barreira dos 50 pontos, pelo menos no setor de serviços. O PMI de serviços do país caiu de 52,6 em julho para 50,9 em agosto, atingindo o menor nível em 18 meses. No entanto, o PMI composto diminuiu de 52,1 para 49,6 no mesmo período, ficando abaixo da barreira de 50 que indica contração da atividade e igualmente no menor patamar em 18 meses.
No cenário doméstico, o PMI composto do Brasil recuou de 55,3 em julho para 53,2 em agosto, após atingir em junho a segunda maior taxa de avanço desde o início da série história, em março de 2007, o crescimento da produção do setor privado diminuiu mais uma vez.
Já o relatório do Boletim Focus trouxe um ar de alívio com novas projeções para a inflação, PIB, Selic, dólar e outros. O mercado financeiro reduziu ainda mais a expectativa de inflação para 2022 e 2023 e elevou a do crescimento do produto interno bruto (PIB) não só deste ano, mas também o do próximo.
IPCA/22: DE 6,70% PARA 6,61%
IPCA/23: DE 5,30% PARA 5,27%
PIB/22: DE 2,10% PARA 2,26%
PIB/23: DE 0,37% PARA 0,47%
SELIC/22: PERMANECE EM 13,75%
SELIC/23: DE 11% PARA 11,25%
CÂMBIO/22: PERMANECE EM R$ 5,20
CÂMBIO/23: PERMANECE EM R$ 5,20
Acesse o relatório completo aqui.
Terça-feira com mais PMIs
Ao contrário dos outros dias da semana, a terça-feira não conta com um compilado de dados tão importantes quanto quarta, quinta ou sexta. Na data, saem as Encomendas à Industria da Alemanha, às 3h da manhã, e em seguida, às 4h30, será divulgado o PMI do setor de Construção também referente ao país.
Mais pro meio da manhã, às 10h45, está prevista a divulgação do PMI de serviços e Composto dos Estados Unidos que devem dar ao investidor um norte sobre o ritmo de atividade econômica da maior potência mundial. Após estes dados, a agenda segue esvaziada.
Independência ou morte
Quarta-feira, 7 de setembro, é feriado nacional da Independência do Brasil e por isso não haverá pregão. No cenário doméstico, não temos nenhum indicador de relevância. No entanto, o exterior deve movimentar o dia com acontecimentos de peso. Como a nossa bolsa de valores estará fechada, os respingos do mercado internacional devem bater no cenário doméstico somente na quinta.
O dia começa com dados referentes a Produção Industrial na Alemanha, dados de emprego da Zona do Euro, além do PIB da União Europeia. No período da tarde, o mercado tomará conhecimento do famoso Livro Bege, divulgado pelo Federal Reserve, sinalizando, ou pelo menos deixando portas abertas, para os próximos passos do Banco Central americano no combate à inflação.
Leia também: Perspectivas para o crescimento de 2022
O destaque da semana, de longe, é a quinta-feira
Bom, como dito anteriormente, como não tivemos negociações na quarta por conta do feriado, é possível que as movimentações do cenário internacional respinguem em dose dupla no mercado doméstico durante esta quinta, principalmente se as notícias forem consideravelmente ruins.
Para a agenda do investidor, no Brasil, às 8 sai o IPC-S da 1ª quadrissemana de setembro, bem como o IGP-DI, ambos divulgados pela FGV. No exterior, saem pedidos de auxílio desemprego dos Estados Unidos, estoques de petróleo bruto norte-americano, além de dados de inflação ao produtor (PPI) e consumidor (CPI) na China.
Porém, em meio a tantos dados, o mercado fica de olho mesmo é na reunião de política monetária do Banco Central Europeu prevista para acontecer às 9:15. A expectativa do mercado é de um novo aumento na taxa de juros do bloco entre 50 e 75 pontos percentuais.
Inflação no Brasil deve desacelerar
A sexta é mais tranquila, para compensar os outros dias mais movimentados. Fechando a agenda do investidor em grande estilo às 9h sai o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação no Brasil, com projeção de uma nova deflação.
De acordo com projeções do time de economia da CM Capital, o IPCA deve apresentar variação mensal de -0,32%. Já no acumulado, o índice fica em 8,77%.
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