Uma semana bem movimentada tanto no cenário doméstico, quanto no internacional. Tivemos dados de inflação, decisão de taxa de juros, balanços corporativos e muito mais. Fique por dentro de tudo o que movimentou o mercado entre os dias 24 e 28 de outubro.
Resumo da semana: o mercado na palma da sua mão
Segunda-feira
A semana começou com uma série de PMIs na Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos. O PMI composto da Alemanha recua a 44,1 em outubro, menor nível em 29 meses. PMI industrial 45,7 e serviços 44,9. Reino Unido: PMI composto cai a 47,2 em outubro, menor nível em 21 meses. Serviços 47,5 e industrial 45,8. Zona do euro/s&p global: PMI composto recua a 47,1 em outubro, menor nível em 23 meses. PMI industrial 46,6 e serviços 48,2.
Na Ásia, após postergar por uma semana, a China divulgou importantes dados econômicos PIB acelera e cresce 3,9% no 3° tri ante igual período de 2021. a produção industrial da china cresceu 6,3% em setembro deste ano, já as vendas no varejo chinês avançaram 2,5%, abaixo do esperado.
Também tivemos o país do rei Charles anunciando seu novo primeiro-ministro: sai Liz Truss, que renunciou após 45 dias no cargo, e entra Rishi Sunak, que, inclusive, foi ministro das finanças de Boris Johnson.
Terça-feira
Dados de inflação abriram o dia no cenário doméstico. IPCA-15 de outubro sobe 0,16%, após queda de 0,37% em setembro. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,80% e, em 12 meses, de 6,85%, abaixo dos 7,96% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2021, a taxa foi de 1,20%. Três dos nove grupos tiveram deflação, assim como mês passado.
Quarta-feira
Mais dados de inflação, só que de combate! O Copom decidiu por manter a taxa Selic em 13,75%. Para o time de economia da CM Capital. O destaque, no entanto, foi a menção aos fatores externos levados em consideração pela autoridade monetária em sua análise, onde não só foi apontado o papel do desenvolvimento da inflação nas economias avançadas, algo recorrente nas últimas comunicações, mas também a maior sensibilidade do mercado à condução da política fiscal nas economias ao redor do mundo, o que inclui os países desenvolvidos.
O trecho, apesar de breve, faz menção direta aos eventos recentes no Reino Unido, onde a tentativa de implementação de uma política fiscal expansionista resultou em turbulência exponencial no mercado de títulos, depreciação da moeda local e inclusive a queda da então primeira-ministra Liz Truss.
Sua presença no comunicado pode ser lida como um aviso de que o Banco Central estará atento ao desenvolvimento do cenário fiscal do país processo em 2023, ano em que o país enfrentará um enorme desafio em suas contas públicas, com a queda nas receitas resultante da desaceleração econômica sendo combinada com um nível de despesa extremamente rígido e que deve ganhar ainda mais peso tendo em vista o conjunto de promessas que vem sendo feitas pelos candidatos que disputarão o segundo turno da eleição no próximo dia 30.
Quinta-feira
Na Ásia, o PIB do terceiro trimestre da coreia do sul cresceu 0,3% em relação ao trimestre anterior, o crescimento mais lento desde o terceiro trimestre de 2021. Os lucros industriais da china de janeiro a setembro caíram 2,3% em comparação com um ano atrás, informou o departamento nacional de estatísticas.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, um resultado dentro do esperado pelo mercado, que previa exatamente uma taxa de desocupação de 8,7%. S dados são da pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua (Pnad contínua) divulgados pelo IBGE.
O Banco Central Europeu (BCE) elevou novamente suas taxas de juros em 75 pontos-base e disse esperar aumentar ainda mais as taxas para assegurar o regresso da inflação à meta de médio prazo de 2%. “A inflação permanece muito alta e permanecerá acima da meta por um longo período”, alertou o comitê de política monetária.
Nos Estados Unidos, o PIB real avança 2,6% no 3º trimestre, a taxa anual; no 2º trimestre, diminuiu 0,6%.
Sexta-feira
O Banco Central do Japão também se reunirá essa semana, para determinar a taxa de juros. Segundo analistas, a expectativa é de manutenção na taxa. Ao contrário do que ocorre na maioria dos países, o Japão mantém o afrouxo monetário para estimular a inflação, que já está na casa dos 3%, mas continua amparada por restrições de oferta, e não crescimento da demanda.
IGP-M
O índice que é usado para reajustar alguns contratos de aluguel, será publicado na sexta-feira (28) e o Itaú prevê deflação mensal de 0,9%, de setembro para outubro.
PCE
O PCE – Índice de Despesas de Consumo Pessoal é o dado queridinho do FED. A expectativa dos investidores é que o núcleo do índice, que excluiu energia e alimentos, suba para 5,2% no período. A reunião do Federal Reserve está prevista para os dias 1º e 2 de novembro.
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