Saber o que é Copom deve fazer parte dos conhecimentos de quem pretende entrar no mundo dos investimentos. Afinal, essa sigla corresponde a um comitê que atua diretamente na definição da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Você sabia?
Mesmo que a resposta seja negativa, possivelmente você já ouviu falar no Copom. Isso porque ele é ocasionalmente citado nos noticiários quando a pauta é finanças. Assim, as decisões relacionadas ao órgão devem ser analisadas pelos investidores, já que isso afeta o bolso das pessoas.
Então, você tem interesse em investimentos e quer aprender mais sobre o mercado financeiro? Continue a leitura e tire suas principais dúvidas sobre o Copom!
O que é Copom?
Copom é a sigla para Comitê de Políticas Monetárias. Ele foi criado em 1966 e é representado por membros do Banco Central (Bacen), que se reúnem a cada 45 dias. A principal função desse grupo é analisar a política monetária brasileira, como o índice de inflação. Dessa maneira, ele pode alinhá-la com a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A partir da análise, o Copom pode:
- anunciar ajustes na Selic, a taxa básica de juros do Brasil;
- criar e implementar novas diretrizes da política monetária do país;
- analisar e divulgar o relatório trimestral de inflação.
Conforme mencionado, as decisões do órgão interferem no bolso dos brasileiros, seja nos investimentos ou nas compras. Isso ocorre quando os membros acompanham apresentações do Bacen que mostram o andamento da economia nacional e mundial.
É o caso do comportamento dos mercados. Por exemplo, a invasão da Rússia na Ucrânia em 2022 impacta a economia de todo o planeta, como na elevação do preço do petróleo. Logo, informações como essas e os riscos envolvidos devem ser considerados pelo Copom. Inclusive, situações de exceção, como o início da guerra, também podem levar a reuniões fora de época.
Assim como o Brasil, outros países também contam com seus comitês para controlar o índice de inflação e outras questões econômicas. É o caso dos Estados Unidos, que serviu de inspiração para o Copom: o FOMC.
Quem faz parte do Copom?
Como visto, os membros do Banco Central constituem o Copom e tomam as decisões mais importantes relacionadas à economia. Para saber detalhadamente quem são essas pessoas, basta acessar as atas de reuniões. De todo modo, saiba que esses membros envolvem:
- presidente do Banco Central;
- diretor de Política Monetária;
- diretor de Política Econômica;
- diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos;
- diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural;
- diretor de Fiscalização;
- diretor de Regulação;
- diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania;
- diretor de Administração.
Qual é o objetivo do Copom?
Você já percebeu que o Copom serve para regular a economia, principalmente ao determinar a taxa Selic. Fazer isso serve para que qualquer instituição nacional tenha um valor de referência ao aplicar juros de investimentos, financiamentos ou empréstimos.
Dessa forma, se a taxa Selic for elevada, você tende a pagar mais caro em um empréstimo ou financiamento. Por outro lado, alguns investimentos podem ter a rentabilidade mais elevada, principalmente os de renda fixa, como o CDB.
Ainda assim, a alta da Selic também afeta a economia negativamente. Isso porque ela restringe o poder de consumo dos brasileiros para controlar a inflação. Enquanto isso, na Selic baixa a economia pode crescer e investimentos de renda variável tendem a ter um melhor desempenho.
De qualquer maneira, o Copom precisa decidir o ajuste na Selic a partir de fatores lógicos, como os já citados. Isto é, essa taxa deve acompanhar o momento econômico para controlar o mercado. Se ele for positivo e a inflação estiver controlada, a Selic deve ser baixa. Além disso, outros fatores técnicos também são analisados. É o caso de:
- índice de inadimplência;
- rentabilidade dos investimentos na bolsa de valores;
- desempenho de grandes, médias e pequenas empresas.
Como o Copom impacta nos investimentos?
Você já reparou que o Copom tem o objetivo de definir políticas monetárias. Além disso, ele também divulga o relatório de inflação e a taxa básica de juros. Tudo isso afeta o bolso dos brasileiros, inclusive o de investidores. Confira os efeitos nos investimentos de renda fixa e renda variável!
Renda fixa
Diversas aplicações financeiras de renda fixa estão direta ou indiretamente atreladas à taxa Selic. Isso é válido para títulos públicos ou privados. Diante disso, conforme mencionado, a elevação da taxa básica de juros pode favorecer a rentabilidade. Porém, se ela sofrer quedas, os efeitos serão opostos. Por isso, é indispensável ficar de olho na Selic.
Enquanto isso, aplicações prefixadas, cujas taxas de juros são definidas no momento da contratação, podem sofrer alterações. Tudo isso varia conforme o andamento da Selic. Além disso, também é válido acompanhar o índice de inflação, que costuma ser associado à taxa básica de juros. Afinal, esse número afeta os rendimentos atrelados ao Índice de Preço do Consumidor (IPCA).
Renda variável
A queda ou elevação da Selic também influencia na renda variável, que tende a ser mais atrativa quando essa taxa está em queda. Isso é explicado pelo poder de compra da população que eleva a produção de empresas.
Então, as corporações se tornam mais lucrativas, o que pode favorecer o investimento nelas, como em bolsa de valores, por exemplo. Outro ponto positivo é que a redução da Selic favorece a negociação de dívidas empresariais. Logo, os acionistas também podem ser beneficiados nessa situação.
De todo modo, tanto a renda variável quanto a fixa apresentam riscos. Embora na primeira aplicação os riscos sejam maiores, as chances de alta rentabilidade são proporcionais. Isso tende a tornar a renda variável mais atrativa, em períodos de Selic em baixa.
Conseguiu entender o que é Copom e como ele impacta diretamente na sua vida financeira? Diante disso, é fundamental acompanhar as decisões desse comitê e as suas principais recomendações quanto à economia brasileira.
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