Cenário Internacional
No ambiente internacional, o mês de maio foi marcado pela consolidação das expectativas de
mercado em torno da manutenção da taxa de juros norte-americana no patamar atual por um
período mais longo em detrimento da possibilidade de novos apertos. A decisão de política
monetária dos Estados Unidos e os discursos dos membros do FOMC trataram de ancorar as
expectativas dos agentes em torno desse cenário. Além disso, os dados inflacionários, de
mercado de trabalho e de atividade revelaram uma conjuntura macroeconômica mais alinhada
com o cenário estimado pelos analistas e corroboraram a situação adversa, mas sem surpresas
negativas adicionais.
Cenário Doméstico
A consolidação das expectativas em torno de um cenário mais adverso afetou
significativamente a economia doméstica, especialmente a condução da política monetária por
parte do COPOM.
Com uma decisão divergente entre os membros e um comunicado que deixou o mercado
repleto de dúvidas, o Comitê optou por não seguir a sinalização da reunião anterior e cortar a
taxa de juros em apenas 25 pontos, levando a Selic para 10,50% a.a. Posteriormente, a Ata
trouxe alguns esclarecimentos e elencou as prioridades da instituição, com a ancoragem das
expectativas em torno da meta e a melhora do cenário internacional como condições primárias
para a condução de uma política monetária menos restritiva.
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul também reverberaram na esfera econômica. Os
impactos sobre inflação e atividade, ainda incalculáveis, assim como a dinâmica das contas
públicas diante da necessidade de movimentar um volume significativo de recursos para a
reconstrução do estado, promoveram ajustes no cenário macroeconômico do país
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