Cenário Internacional
Na esfera internacional, o mês de agosto foi marcado por sinalizações de diretores do Comitê de Política
Monetária do FED (FOMC na sigla em inglês) acerca do início do processo de flexibilização monetária nos Estados Unidos. Destaque neste caso ficou por conta da fala do presidente da instituição, Jerome Powell, durante o Simpósio de Jackson Hole, tradicional encontro entre membros dos bancos centrais dos Estados Unidos.
Na ocasião, Powell afirmou que o momento para o primeiro corte de juros no país está próximo, com sua fala sendo interpretada pelo mercado como evidência de que o processo será iniciado de fato na próxima reunião, a ser realizada em setembro. Em contrapartida, Raphael Bostic, presidente do FED de Atlanta e membro do FOMC, afirmou ainda não se sentir confortável com a promessa de corte de juros em setembro, preferindo aguardar os dados que serão divulgados até lá para confirmar tal hipótese.
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Cenário Doméstico
Na esfera doméstica, o Banco Central também seguiu como principal ponto de atenção dos investidores, tanto por conta dos impactos dos resultados recentes do IPCA sobre as perspectivas para a taxa de juros, como também pela movimentação acerca da sucessão de Roberto Campos Neto na presidência da instituição. O escolhido foi o atual diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo, que assumirá o cargo em janeiro e terá mandato quatro anos de mandato.
O mês foi marcado ainda pela manutenção do processo de desancoragem das expectativas de inflação de médio prazo, medidas semanalmente pelo Boletim Focus, movimento que preocupa o mercado em função de possíveis impactos sobre a política monetária, especialmente no caso de uma eventual alta de juros no futuro breve como forma de reverter este processo. O cenário, contudo, segue incerto, demandando cautela e parcimônia no que diz respeito ao acompanhamento e interpretação dos dados, especialmente aqueles ligados à inflação e atividade econômica doméstica
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