Índices de referência nos seus investimentos: quais são?

Já reparou que a rentabilidade de muitos investimentos é atrelada a um índice de referência, como a taxa de juros ou a inflação. Você sabe por que isso acontece? No texto de hoje vamos explicar o que são esses índices e por que são usados no mercado de capitais.

Imagine a seguinte situação, você precisa comprar um notebook. Geralmente, o primeiro passo é pesquisar as opções do mercado, fazer um comparativo entre hardwares, memória, design e outros.

Para garantir que a comparação seja “justa” é preciso comparar modelos que ao menos tenham o mesmo nível, mas sejam de marcas diferentes. Tal exemplo serve como analogia ao que acontece no processo de benchmark nos investimentos.

A ideia deste artigo é justamente explicar mais sobre esse conceito e também ajudá-lo a conhecer melhor os principais índices de referência, como também é chamado. Confira!

O que é benchmark nos investimentos?

A palavra benchmark tem origem inglesa e pode ser determinada como um processo de comparação entre produtos, serviços ou mesmo práticas empresariais, sendo um importante instrumento de gestão. No caso de investimentos, seria um comparativo entre diferentes fundos de ativos.

Suponha que um fundo vá render 10%, o que isso significa? Depende muito do comparativo a ser utilizado. No mercado financeiro, o principal benchmark ou índice de referência utilizado é o CDI.

Por exemplo, se em determinado período o CDI está em 14% e o seu fundo rendendo cerca de 70% em relação a esse índice de referência, ele está abaixo do benchmark, o que é considerado um investimento ruim.

Se o CDI estivesse 7% no período e o rendimento em 10% estaria acima do benchmark, o que significa que seria uma boa opção de investimento.

Tal índice de referência serve para comparar outros investimentos. Às vezes você não sabe o valor do CDI, mas sabe que determinado fundo rende 70% dele e outro que rende 85%, por mais que você não tenha ideia do quanto rende cada um, sabe que o segundo é melhor.

Outros índices podem ser usados como benchmark, por exemplo, o Ibovespa, o IPCA e o IGPM.

Mas por que é preciso conhecer tal índice? Ele ajudará a diferenciar a rentabilidade nominal da real, possibilitando uma comparação mais eficaz da lucratividade dos investimentos. Afinal, não faz sentido, por exemplo, comparar a renda fixa do Tesouro Direto com a Ibovespa e não a Taxa Selic.

Quais são os principais benchmarks do mercado?

Como visto, os benchmarks servem como parâmetro para medir a “qualificação” de um investimento. Existem alguns índices que são usados com mais frequência, e a seguir você conhecerá quais são eles e as suas respectivas especificidades!

CDI

O CDI, ou Certificados de Depósito Interbancário, é considerado um benchmark de renda, considerado a principal referência quando se trata de investimentos mais conservadores.

A sua base está na média de empréstimos negociados entre bancos. Diariamente, tal taxa varia, pois ela segue os empréstimos negociados pelas instituições financeiras.

Há investimentos que pagam um percentual do CDI (maior ou menor que 100%), outros se propõem a acompanhá-lo de maneira próxima e ainda existem aqueles que têm a proposta de superá-lo. Alguns títulos, como CDB, LCI e LCA, têm a sua remuneração expressa de acordo com o CDI.

Selic

A Selic é uma taxa básica de juros da economia, sendo um dos principais elementos políticos usados para controlar a inflação. Ela influencia diretamente as taxas de juros do país em diversas frentes, desde empréstimos até aplicações financeiras.

A Selic é calculada a partir da apuração dos processos operacionais de empréstimos em um dia entre os bancos que utilizam os títulos públicos federais como garantia. Vale lembrar que a taxa Selic e o CDI têm valores bem próximos.

Inflação

Outro índice de referência utilizado é a inflação. Ela mostrará ao investidor se ele está ganhando ou perdendo dinheiro fazendo determinado investimento. Logo, para que uma empreitada seja considerada vantajosa, é necessário que o seu percentual supere o valor da inflação.

Quando a carteira não supera a inflação significa que o investidor está perdendo dinheiro, visto que o montante tem se desvalorizado com o tempo. O principal indicador quando se trata da inflação é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Inclusive uma série de investimentos que estão atrelados à renda fixa oferecem rentabilidade ao longo de determinado espaço de tempo tendo como acréscimo o IPCA. A ideia da utilização desse fator é proteger o investimento da variação inflacionária.

Ibovespa

Agora, quando nos referimos aos investimentos de renda variável, o principal benchmark utilizado é o Ibovespa. Ele serve como referência para investidores que têm carteira de ações e desejam checar se os investimentos obtiveram uma performance positiva ou negativa em determinado período.

Sendo assim, quando ouvir falar que a bolsa subiu ou caiu, significa que o índice Ibovespa variou. Portanto, se um investimento superar a rentabilidade oferecida por ele, isso significa que ele tem oferecido bons rendimentos ao investidor que adquiriu as ações.

Índices setoriais da bolsa

Alguns índices da bolsa de valores são responsáveis por agrupar as empresas que têm características semelhantes. Eles são responsáveis por proporcionar uma ideia mais concreta sobre o que está acontecendo em determinados segmentos da economia.

Por isso, damos a eles o nome de índices setoriais da bolsa. Existe uma série deles, por isso, confira alguns dos principais a seguir:

  • Índice Brasil 50: ele é composto pelos 50 papéis mais líquidos da Bovespa — foi criado com o intuito de auxiliar os investidores de grandes carteiras de ações, que precisam de ativos de maior liquidez, permitindo inclusive lançamentos de derivativos como futuros e opções;
  • Índice Brasil 100: ele segue as mesmas diretrizes do Índice Brasil 50, sendo que a diferença está na composição dos 100 papéis de maior liquidez na bolsa;
  • Índice Small Cap: tal índice é composto pelas empresas de menor capitalização listada na bolsa de valores, sendo responsável por medir o comportamento delas ao longo do tempo;
  • Índice do Setor Industrial (INDX): mede a variação das ações mais representativas do setor industrial;
  • Índice Financeiro (IFNC): também é um índice setorial, mas é focado na medição de ativos de empresas do mercado financeiro;
  • Índice Imobiliário (IMOB): é outro índice setorial — trabalha em cima das variações médias de ações de empresas do segmento imobiliário e da construção civil.

O benchmark nos investimentos precisa ser medido corretamente a fim de evitar não só confusões, mas também comparações falhas entre os investimentos. Isso permite fazer as alterações necessárias, a fim de obter um desempenho melhor da sua carteira de ações.

Como visto, existem índices para medir renda fixa e também a variável, tal diferenciação é fundamental para que os investimentos possam ser feitos com mais eficácia.

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