Seja um investidor mais focado a longo prazo, seja um trader buscando sempre formas de enriquecer em 24 horas, todos querem o mesmo objetivo: lucro! A ideia é sempre vender os ativos na alta e comprá-los na baixa.
No entanto, esse não é um trabalho simples, visto que as oscilações do mercado não deixam ter uma certeza exata sobre o que pode acontecer. Uma das formas de tentar burlar essa imprevisibilidade é descobrindo quando há uma reversão de tendência.
Não sabe do que estamos falando? Neste artigo, vamos explicar para você como esse processo funciona e por que ele pode ajudar a sua estratégia. Continue!
Como são formadas as tendências de alta e baixa no mercado?
Primeiramente, precisamos entender o que são as tendências. Elas são movimentos no mercado que permanecem por um período. As de alta, são quando o preço do ativo forma topos e fundos ascendentes, já as de baixa são quando os fundos são descendentes. Tudo é analisado em um intervalo, mas o que é responsável por isso?
Em resumo elas são influenciadas pelas expectativas dos investidores. Isto é, se o grupo de negociadores da bolsa acreditam que uma ação está com o preço bom para compra, eles vão comprá-la, pois visualizam uma grande oportunidade futura.
Como consequência, isso causa um movimento de alta no mercado, já que quem vende as ações, vê que há uma alta demanda e tende a aumentar o preço. Se durante um período, eles avaliarem que a ação não é mais interessante, os investidores tendem a parar de comprá-la e até querer vendê-la, o que gera uma tendência de baixa.
O que fará os investidores darem ou não valor a uma ação na bolsa depende logicamente de alguns fatores externos desse ambiente. Por exemplo, uma notícia de troca de gestão, compra ou fusão da empresa, um escândalo, até mesmo, uma decisão do setor econômico, podem ser termômetros para que os traders determinem o que farão.
Quais são os principais sinais que indicam uma reversão de tendência?
A estratégia responsável por avaliar as tendências é a análise gráfica. Ela é fundamentada pela teoria de Dow, criada por Charles Henry Dow em 1884. Ela é uma forma de olhar as movimentações e prever disposições futuras avaliando os preços das ações durante um período.
Dow dizia que quando uma tendência se estabelece é provável que vá permanecer até a reversão. Porém, não basta só olhar os valores, é preciso entender alguns mecanismos que indicam quando há um “rompimento” e o preço vai mudar. Vamos entender mais a seguir!
Rompimento das linhas de tendência
Esse é um cenário em que o gráfico tende a mostrar que há grandes altas e as baixas tendem a ser menores. Nesse caso, existe a possibilidade de os investidores voltarem a comprar as ações. Para ter mais certeza nesse tipo de movimento, o ideal é que se faça médias móveis para monitorar o que acontece.
A média de 100 períodos pode ser utilizada e indicar que haverá uma mudança de direção em breve — caso os valores forem baixos, significa que há menos chances de alta, assim como o inverso.
Rompimentos falsos
É um rompimento bastante comum quando existe uma inclinação para a reversão. O curioso é que ele é um bom exemplo do que acontece com os preços por causa de influências externas. Geralmente, decisões políticas, que afetem a economia mundial indicam uma expansão dos movimentos do mercado.
Com rompimentos falsos a atenção deve ficar com as quebras, pois elas sinalizam o fim de uma tendência ou a pausa. Também mostram que os investidores não querem fazer um movimento ascendente, investindo no contrário. No gráfico, é comum que as candles de alta sejam pequenas, com quebras curtas, comprovando que o mercado não está interessado em comprar naquele período.
Redução de amplitude das candles
Outro ponto importante ao analisar o gráfico é o tamanho das candles — aqueles bastões no gráfico, geralmente da cor verde e vermelha que indicam as variações dos preços. Nesse caso, é importante avaliar se eles estão menores, pois é uma forma de entender as alterações do mercado.
Gráficos com tendências descendentes em que os fundos são longos e os topos curtos podem significar uma alta mais lenta. Os preços serão mais baixos do que máxima, mas serão maiores que a mínima anterior.
Martelo
O martelo ou hammer não é exatamente um movimento do mercado. Ele é uma característica que ajuda a avaliar a reversão na análise técnica. Aqui, a atenção deve ser para as candles que geralmente são consideradas um martelo, aquela que tem um corpo pequeno, mas uma longa sobra.
Isso indica que uma tendência está para terminar, ou seja, provavelmente, o mercado reverterá o valor das ações.
Agulhada
A agulhada também representa mais uma forma de avaliar as reversões de tendência. Neste caso, o investidor deve focar nas médias móveis de 3, 8 e 20 períodos. Se essas três médias passam pelo corpo da candle, como uma linha dentro da agulha, isso indica que haverá uma reversão de tendência.
Por exemplo, se a média for acima do 3º período, no meio de 8 e abaixo no 20 quer dizer que haverá uma alta. Agora se for o movimento contrário, indica uma queda.
Ponto de retorno
Além disso, há também o ponto de retorno, quando uma reversão marca não só uma tendência, mas uma que é oposta a anterior. Isso normalmente acontece quando um movimento de compra ou de venda antigo é superado por valores opostos. Por exemplo, uma ação que custava R$ 25,00 tem muitos investidores vendendo a R$ 15,00.
Você pôde ver como a reversão de tendência é um momento muito importante para que traders e investidores em geral tenham melhores oportunidades de ganho. Porém, não basta só olhar os gráficos, para realmente ter mais segurança nas escolhas, é fundamental contar com profissionais especializados que possam aconselhar e ajudar a avaliar os movimentos de maneira qualificada.
A análise gráfica é uma estratégia que pode fornecer muitos resultados, mas se o trader não tiver conhecimento, ele está completamente exposto aos riscos. Quando se trata de day trade, eles são muitos. Por isso, a importância de buscar ajuda especializada.
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