Quem investe em ativos da renda variável tende a buscar por maiores potenciais de retorno. Porém, como calcular esse fator? Essa é uma dúvida comum e que envolve diversos pontos.
Afinal, esse mercado tende a oscilar bastante, deixando alguns investidores em dúvida sobre o que esperar em termos da rentabilidade de ações.
Enquanto alguns produtos da renda fixa tendem a apresentar uma maior previsibilidade, não é possível dizer isso sobre a grande maioria dos ativos da renda variável.
Sendo assim, é interessante conhecer diferentes formas de conhecer o potencial de retorno de uma ação — e é isso que explicaremos a seguir. Continue a leitura para saber mais!
Comece conhecendo o mercado de ações: O que são ações e como investir
Conceito de rentabilidade de ações
Em poucas palavras, é possível dizer que a rentabilidade de ações diz respeito ao potencial de retorno que o investidor tem ao aplicar seu dinheiro em ativos desse tipo.
Contudo, na prática, a análise não é tão simples assim. Isso porque, calcular a rentabilidade de ações envolve diferentes fatores, como:
- riscos envolvidos no processo;
- liquidez;
- inflação;
- mercado externo;
- tipo de ação (ON e PN);
- volatilidade do mercado financeiro etc.
Formas de avaliar o potencial de rentabilidade de ações
Na renda variável, não é possível prever com precisão a rentabilidade esperada de um investimento. Porém, observar alguns pontos podem ajudar. Saiba quais são eles!
Prospecto
O primeiro elemento que pode ajudar a compreender o potencial da rentabilidade de ações é o prospecto do ativo.
O documento apresenta as principais informações que quem investe precisa ter em mãos antes de aplicar seu dinheiro. Ao lê-lo, será possível acessar dados preciosos na hora de montar estratégias.
Ibovespa
O segundo é o acompanhamento do Ibovespa (IBOV). Esse índice conta com uma carteira teórica que reúne as principais empresas negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3.
Ao conhecer seu desempenho, o investidor pode compreender a performance média dessas companhias e as tendências de movimentação do mercado de ações. Com isso, pode orientar sua tomada de decisão.
Análises técnica e fundamentalista
Em terceiro lugar, está o uso das análises fundamentalista e técnica. A análise fundamentalista considera todos os fundamentos da empresa por trás do ativo.
Quem busca por um investimento a longo prazo pode saber, a grosso modo, mais informações sobre o potencial do negócio em trazer lucro. Já no caso da técnica, o investidor contará com uma análise de preço e oscilação das ações, por meio de gráficos e tabelas.
Apesar da alternativa técnica ser comumente usada por especuladores e traders, ela pode trazer algumas informações adicionais sobre as ações, como a oferta e a procura por trás de um ativo, mesmo a quem visa ao médio e longo prazo.
Por fim, é possível citar a análise do tripé dos investimentos que será explicado a seguir!
Rentabilidade, risco e liquidez: entenda as diferenças
Dentre os fatores que estão diretamente relacionados ao potencial de rentabilidade das ações, está a liquidez e o risco. Muitos investidores confundem esses termos com a rentabilidade — e é importante conhecer as diferenças entre eles.
Rentabilidade, liquidez e risco são pontos ligados ao chamado “tripé de investimentos”. Ao estar ciente dos três, o investidor consegue compreender melhor como aquele ativo se encaixará em seu portfólio de investimentos, junto ao seu perfil de investidor e objetivos.
Liquidez
A liquidez é a capacidade que um ativo tem de se converter em dinheiro com facilidade. Em especial, sem perder significativamente seu valor. Sendo assim, ativos com pouca liquidez impedem que o investidor acesse o valor investido rapidamente, enquanto os de alta liquidez podem ser resgatados a qualquer momento.
Risco
Já o risco é a probabilidade de que o investidor perca dinheiro em função de fatores como a volatilidade do mercado e incertezas. Em termos de ações, um risco maior tende a caminhar junto a potenciais mais robustos de retorno. Contudo, não é possível garantir o sucesso do investimento.
Rentabilidade
Por fim, agora que você sabe do que se trata a liquidez e o risco, é possível entender que a rentabilidade é a relação feita entre esses dois pilares. Ainda que isso não seja uma regra, a tendência é que ativos com alta liquidez apresentem menor rentabilidade, enquanto os de maior risco podem estar associados a retornos mais significativos.
Em conclusão, é a capacidade de discernimento do investidor e seu conhecimento sobre o perfil e os objetivos que o ajudará a conhecer as alternativas mais alinhadas às suas necessidades.
Principais índices de rentabilidade do mercado financeiro
Conforme visto, o IBOV é um índice amplamente usado na hora de ofertar boas noções sobre rentabilidade de ações aos investidores. Contudo, ele não é o único. Afinal, existem diversos índices no mercado voltados à análise desse tipo de ativo.
Os índices de ações se baseiam em características específicas de um determinado segmento para montar uma carteira teórica que é capaz de ajudar o investidor a entender as movimentações daquele setor.
Outros três índices que podem ajudar nesse sentido são:
- Índice S&P 500 (SPX): resultado de uma carteira teórica composta pelas empresas de maior capitalização do mercado norte-americano;
- Índice Small Cap (SMLL): busca refletir os ativos das companhias com menor capitalização da B3;
- Índice Brasil 100 (IBrX-100): reflete o desempenho médio das cotações das 100 ações mais negociadas do mercado brasileiro.
Existem outros índices capazes de ajudar os investidores a formular estratégias ao investir em ações. Contudo, esses são alguns dos mais conhecidos.
Ao acompanhá-los, quem investe pode compreender algumas tendências do mercado externo e nacional, usando o tripé apresentado, as análises fundamentalista e técnica, e a leitura atenta do prospecto do ativo para nortear sua tomada de decisão.
Por fim, é fundamental reforçar a importância de conhecer seu perfil de investidor e objetivos na hora de montar uma carteira alinhada às suas demandas.
Com todos esses pontos em mente, será mais simples compreender o potencial de rentabilidade de ações. Lembrando, sempre, que não é possível garantir o sucesso de investimentos da renda variável.
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