O investimento em fundos imobiliários (FIIs) em um mercado de baixa pode parecer contraintuitivo, mas existem vários motivos que tornam essa estratégia atraente para investidores que buscam diversificação, rentabilidade de carrego interessante e potencial de valorização no médio prazo. Resumindo alguns deles, durante períodos de incerteza econômica, os preços das cotas de FIIs no mercado secundário tendem a cair, o que pode abrir oportunidades para adquirir cotas a preços mais baixos. Essas condições apresentam vantagens específicas que os investidores podem aproveitar, resultando em ganhos expressivos, quando o mercado se recuperar. Detalharemos mais os principais motivos para investir em FIIs a seguir.
Primeiramente, os preços mais baixos das cotas de FIIs em um mercado de descendente podem representar uma oportunidade de compra, em muitos casos. Desse modo, quando o mercado está pessimista, os preços das cotas caem, muitas vezes, de forma desproporcional ao fundamento dos ativos subjacentes e investidos, o que significa que os investidores podem adquirir ativos a um preço descontado. Essa situação cria um cenário, onde o potencial de valorização é maior quando o mercado se recupera, permitindo que o investidor realize ganhos de capital interessantes. Adicionalmente, fundos imobiliários que são compostos por imóveis de alto padrão construtivo e com excelente localização tendem a se recuperar mais rapidamente, aumentando o potencial de retorno, além de poder apresentar menor volatilidade em períodos de turbulência no mercado de renda variável.
Outro ponto relevante é o carrego dos FIIs, em cenário de baixa. Como todos de vocês sabem, os fundos imobiliários distribuem, mensalmente, boa parte dos seus lucros-caixa aos cotistas na forma de rendimentos. Em um mercado de baixa, mesmo que o preço das cotas caia, a distribuição de rendimentos pode permanecer estável ou até mesmo aumentar, dependendo dos contratos de aluguel e da alocação de recursos que a gestão fizer. Isso é particularmente atraente para investidores que buscam uma fonte constante de renda, melhorando a rentabilidade deste carrego e permitindo que os cotistas mantenham ou aumentem o fluxo de caixa, independentemente da volatilidade do mercado, com o aprimoramento dessa rentabilidade via a isenção de imposto de renda para as pessoas físicas, em boa parte dos fundos imobiliários.
Adicionalmente, a diversificação nos setores imobiliários é relevante em cenários de baixa. Essa diversificação ajuda a mitigar riscos, já que nem todos os setores são impactados da mesma forma. Por exemplo, enquanto o setor de varejo pode sofrer em uma recessão, a demanda por imóveis logísticos pode se manter estável (ou cair menos), desde que haja desempenho positivo e modesto do comércio eletrônico. Portanto, ao investir em FIIs com diversificação setorial, o investidor pode se proteger melhor contra as flutuações de mercado.
Portanto, apesar do mercado de baixa trazer muitas incertezas e desafios, traz também oportunidades únicas para os investidores de fundos imobiliários. Preços descontados, melhor carrego da renda passiva, além da diversificação intrassetorial, são fatores que tornam os FIIs uma opção atrativa para quem busca construir um portfólio sólido e diversificado, capaz de trazer ganhos de capital expressivos, quando o mercado se recuperar.
Até o próximo texto! Abraços, Jacinto Santos, MSc., CNPI
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Analista Responsável: Jacinto Santos – CNPI 6565
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