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Agenda da semana: Inflação no Brasil, EUA e China

A agenda dessa semana é focada nos indicadores de inflação. O cenário doméstico é mais devagar por conta do feriado na quarta-feira e precisa se atentar as divulgações do mercado internacional, que conta com indicadores importantes.

Com indicadores de inflação no Brasil, EUA e China, o mercado pode apresentar bastante instabilidade durante a semana. A quinta-feira no Brasil pode ter uma abertura complicada, na tentativa de digerir os dados de quarta.

Durante a semana, a proximidade do 2º turno das eleições também pode causar movimentações no mercado, que tem sido tolerante com as políticas Bolsonaro, em sua tentativa de bater Lula na disputa.

Agenda de indicadores econômicos 10 a 14/10

Começo tranquilo para aquecer o mercado

A segunda-feira começa logo cedo, às 8h, com a divulgação de dois indicadores pela FGV, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que mede quadrissemanalmente a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários-mínimos mensais.

O IPC-S  subiu 0,26% na contramão das últimas leituras, que apresentaram estabilidade nas últimsa semanas (0,0% em 22 de setembro e 0,02% em 29 de setembro).  O grupo de transporte é um dos principais responsáveis pela mudança, assim como vem sendo responsável pelas mudanças em diferentes índices de inflação.

Em contrapartida, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que tem uma medida abrangente dos preços, englobando diferentes atividades e etapas distintas do processo produtivo, apresentou deflação de 1,01% na primeira prévia de Outubro. A queda é mais intensa que a do mês anterior, que teve deflação de 0,80%.

Logo em seguida, o Boletim Focus vem para trazer as expectativas do mercado para os principais indicadores brasileiros. O relatório do Banco Central ainda aponta queda nas projeções do IPCA para 2022.

Na Zona do Euro teve divulgação dos dados de Confiança do investidor, que caiu para -38,3 pontos em outubro, frente as incertezas no mercado de energia e a escalada na Guerra na Ucrânia.

A semana começa com o feriado de Dia de Colombo nos EUA, mas não é sinal de calmaria para o mercado americano, que espera indicadores de inflação durante a semana.

Chega o dia mais importante no Brasil

É na terça que chegam os dados sobre a inflação brasileira. O dia começa com o IPC-FIPE, índice semanal de inflação do estado de São Paulo.

Mas os olhos do mercado estão voltados para o IPCA, que é divulgado às 9h, pelo IBGE. Espera-se uma nova deflação: seria o terceiro mês seguido com o índice em queda, movido pelo impacto da política fiscal de corte nos impostos dos combustíveis.

Em julho, o índice teve deflação de 0,68% e em agosto 0,36%. A expectativa é que nesse mês outros setores acompanhem a deflação, como o grupo de alimentação.

Feriado no Brasil, mas não no resto do mundo

Chega o feriado por aqui e a bolsa de valores não abrirá, para descanso do mercado financeiro. Mas o resto do mundo continua a se movimentar. O dia começa com os dados da Produção Industrial na Zona do Euro, às 6h.

Nos EUA a quarta-feira e movimentada pelo PPI, Índice de Inflação ao Produtor e pela Ata do Fomc, que tende a persistir na taxa de juros alta para controlar a situação da economia do país. O mercado tende a reagir fortemente a ata.

Quinta dominada pelo cenário internacional

O mercado brasileiro pode acordar balançado pós indicadores internacionais do feriado. Mas o que realmente movimenta o mercado na quinta-feira são os dados dos EUA e China.

Nos EUA, acompanharemos os dados do CPI, Índice de Preços ao Consumidor, principal índice de inflação do país. A expectativa é que a inflação do mês fique em 0,2%.

O mercado americano também terá acesso aos números de Estoque de Petróleo Bruto e Pedidos de auxílio desemprego.

Já na China, os investidores acompanham a divulgação do PPI e do CPI, Índices de Inflação ao Produtor e ao Consumidor, respectivamente.

O cenário chinês está fora da realidade do resto do globo, com um movimento de alta inflacionaria começando apenas agora por lá. Todavia, espera-se q eles venham negativos

Sexta-feira chegando com descanso?

O dia começa com a Balança Comercial da Zona do Euro, o indicador mede a diferença entre o valor de mercadorias exportadas e importadas, podendo refletir o crescimento na Zona do Euro.

Na leitura anterior o índice apresentou déficit de 37 bilhões. A projeção do mercado é de um déficit de 20 bilhões para esse mês, valores inferiores a esse podem ser considerados negativos ao Euro.

No Brasil tem divulgação do PMS, que traz a variação da receita nominal e do Volume de Serviços. A pesquisa tem intuito de acompanhar o comportamento conjuntural dos segmentos de serviços no país.

Logo em seguida, os EUA recebem os dados das Vendas do Varejo e da Confiança no Consumidor de Michigan, ambos indicadores são relacionados, uma vez que números altos podem elevar a confiança do consumidor em relação a economia.

Os dados de Vendas de Varejo são definidos com base em uma amostragem de lojas de diferentes tipos e tamanhos nos EUA e é um importante indicador do ritmo da economia. A projeção é de um crescimento de 0,2% na leitura de setembro.

Temporada de balanços dos EUA

No calendário corporativo, temos também o início da Temporada de balanços do 3º trimestre. Na quinta algumas empresas já começam a apresentar os resultados. Mas é na sexta que alguns grandes bancos já abrem os balanços do 3º trimestre para o público.

A expectativa é por resultados menos robustos que os de exercícios anteriores, devido a um aumento das provisões e a uma menor demanda por crédito.

Você pode acompanhar as principais divulgações da temporada de balanço no nsso Giro de notícias.

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