Se tem uma palavra que define esta semana seria: juros. Isso mesmo, chegamos a mais uma rodada de reunião de política monetária nas principais economias do mundo, como Reino Unido, Estados Unidos e Brasil, que marcam a super quarta. Confira tudo o que vai movimentar o mercado entre os dias 19 e 23 de setembro na agenda do investidor.
O que você precisa saber para esta semana?
O foco é claro fica todo na Super Quarta, quando acontecem as reuniões de política monetária do Banco Central americano no FOMC, às 15h. Pouco depois há decisão de taxa de juros aqui no Brasil durante reunião do COPOM, o resultado sai às 18h30. Além disso, terá também decisão de juros na Inglaterra e Japão.
Nada de novo sob o sol
A semana começou tranquila. Não saíram dados fortes para fazer peso no mercado, que segue acompanhando o ritmo negativo da semana passada, redobrando a atenção e a cautela às vésperas da reunião de política monetária dos Estados Unidos.
Pela manhã, o BC chinês anunciou que vai injetar 12 bi de yuans em liquidez e cortar juro de recompra reversa. medida faz parte de série de iniciativas adotadas pelo gigante asiático para manter seu crescimento econômico em 2022.
No cenário interno, foi divulgado o índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo. Segundo dados, o índice da segunda semana de setembro desacelerou para 0,10%, contra 0,15% da semana imediatamente anterior.
Quase no mesmo horário, o tradicional boletim Focus trouxe boas novas aos investidores. De acordo com o relatório, as projeções de inflação continuam em queda.
FOCUS: PROJEÇÃO DO IPCA PARA 2022 CAI PARA 6,00% (DE 6,40% NA SEMANA PASSADA).
FOCUS: PROJEÇÃO DO IPCA PARA 2023 RECUA PARA 5,01% (DE 5,17% NA SEMANA ANTERIOR).
FOCUS: PROJEÇÃO DO CÂMBIO SE MANTÉM ESTÁVEL EM R$ 5,20 PARA 2022 E 2023.
FOCUS: PROJEÇÃO DE SELIC PARA 2022 PERMANECE EM 13,75%; PARA 2023 PREVISÃO CONTINUA EM 11,25%.
FOCUS: PROJEÇÃO DO PIB PARA 2022 SOBE PARA 2,65% (ERA 2,39% NA SEMANA PASSADA).
FOCUS: PROJEÇÃO DO PIB PARA 2023 PERMANECE EM 0,50%.
Acesse ao boletim completo aqui.
Por fim, o sentimento dos construtores nos Estados Unidos caiu pelo nono mês consecutivo em setembro, em mais um sinal de que a desaceleração no mercado imobiliário continua. A confiança dos construtores no mercado de casas recém-construídas caiu três pontos em setembro, para 46, o nível mais baixo desde maio de 2014 (com exceção da primavera de 2020, no auge da pandemia).
Copa do Mundo: Impacto nos setores e ações de serviços e comércio
Terça-feira
Até aqui a semana ainda está tranquila. De importante temos a inflação ao produtor na (PPI) Alemanha abrindo o dia. Pouco depois saem dados de transações correntes na Zona do Euro, concessão de alvarás e novas construções residenciais nos Estados Unidos, além da 2ª prévia do IGP-M aqui no Brasil.
Super quarta
O dia, de longe, é o mais importante da semana para os investidores com os mercados atentos às reuniões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil. Pela manhã, saem no país norte-americano dados de pedidos de hipotecas, vendas de moradias usadas, estoques de petróleo bruto e, por fim, a reunião do FOMC às 15h.
Após dados mostrarem que a inflação americana ainda está resiliente à política monetária, o mercado espera um aumento mais agressivo de 75 p.p. por parte do Fed na reunião desta quarta. Vale dizer que, No entanto, após a surpresa, diga-se de passagem negativa, causada pelo CPI, há uma parcela apostando em um aumento de 1 p.p.
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Poucas horas depois da decisão de política monetária na terra do Tio Sam, será divulgado pelo COPOM a nossa taxa de juros, às 18h30. Neste caso, o mercado espera um aumento de 25 p.p., elevando a Selic a 14% ao ano. No entanto, há uma parcela que acredite que a taxa básica de juros da economia brasileira será inalterada pelos dirigentes do Banco Central Brasileiro.
Quinta-feira
Ainda digerindo os resultados das reuniões do FOMC e COPOM, na quinta os investidores vão precisar lidar com a reunião de política monetária do Banco Central da Inglaterra para decidir a taxa de juros na terra do Rei Charles.
Saem também o boletim econômico do Banco Central da Europa e a confiança do consumidor europeu. Nos Estados Unidos serão divulgados dados das transações correntes, pedidos de auxílio desemprego e indicadores antecedentes.
Sexta é dia de PMI
Por fim, a semana termina com uma série de prévias dos PMIs industrial, serviços e composto da Zona do Euro, Alemanha e Estados Unidos. No Brasil, pela manhã, será divulgado o IPC-S da 3ª quadrissemana de setembro medido pela FGV.