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Agenda do investidor 7 a 11/11: IPCA e eleições de meio mandato nos EUA
THAINA RAMBALDO •
07 nov 2022 •
4 min de leitura
Mês novo, dados novos. O destaque desta semana, de longe, são os dados de inflação que saem ao redor do mundo e, especialmente, no Brasil, no qual o mercado espera o primeiro aumento para o IPCA após três meses consecutivos de queda.
Segunda-feira
O mercado financeiro elevou novamente sua projeção de inflação para 2022, conforme mostram dados do Boletim Focus divulgados pelo Banco Central. A expectativa para o IPCA deste ano passou de 5,61%, há uma semana, para 5,63%. Para 2023, se manteve em 4,94% e, para 2024 seguiu em 3,50%. As projeções para o PIB, dólar e Selic se mantiveram estáveis. Veja as projeções completas aqui.
Já os dados comerciais da China vieram muito abaixo das expectativas, marcando o primeiro declínio anual nas exportações desde maio de 2020. as exportações caíram 0,3% e as importações recuaram 0,7%. O governo da china reiterou sua postura de covid zero.
A produção industrial da Alemanha cresceu 0,6% em setembro na comparação com agosto. Na comparação anual, houve alta de 2,6% na produção industrial alemã em setembro. Já em agosto, ocorreu recuo de 1,2% na produção ante julho e crescimento de 1,6% na comparação com agosto de 2021.
Na Zona do Euro, a manhã foi marcada pela divulgação dos PMIs de outubro do setor de construção das principais economias do bloco. Assim como observado no setor de serviços e na indústria, os resultados permaneceram abaixo dos 50 pontos, o que implica recessão.
Na Alemanha, o indicador saiu de 41,8 para 43,8 pontos, enquanto na França houve forte recuo, com o PMI fechando em 44,3 pontos em outubro, após ter fechado setembro em 49,1 pontos. Os maus resultados impactaram o desempenho da zona do euro, cujo PMI de construção teve queda de 45,3 para 44,9 pontos.
Leia mais: O episódio do mini-budget e as lições no campo da política fiscal
Terça-feira
Logo pela manhã, saem as Vendas no Varejo da Zona do Euro. No entanto, o que rouba a cena é a eleição de meio mandato nos Estados Unidos. O resultado terá impacto direto nos rumos da economia do país nos próximos anos, especialmente no campo fiscal, uma vez que o budget do ano seguinte tanto em nível de receitas quanto de despesas é definido pelo legislativo.
As expectativas atualmente apontam para uma vantagem dos Republicanos, que podem tomar o controle do Senado, algo que poderia ser considerado negativo para o governo Biden em função da dificuldade adicional de aprovação de medidas prometidas pelo presidente durante seu período de campanha, com destaque para aquelas que envolvem um maior nível de gastos.
No Brasil, a FGV divulga o IPC-S da 1ª quadrissemana de novembro e o IGP-DI. Pouco depois, o IBGE solta os números da PIM: Produção Industrial Regional. Para fechar o dia, à noite, será divulgado dados de inflação ao produtor (PPI) e consumidor (CPI) na China.
Quarta-feira
As vendas no varejo abrem o dia com a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. Mais tarde, nos Estados Unidos, saem Pedidos de Hipotecas e Estoques de petróleo bruto.
Quinta-feira
Esse, de longe, é o dia no qual os investidores devem colocar uma estrela no calendário. O IPC referente a 1ª quadrissemana abre o dia, logo após sai IGP-M, e uma hora depois (9h) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com expectativa de crescimento no mês de outubro.
Às 10h30 é a vez da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que também tem uma expectativa de alta. O dia também será marcado por discursos de membros do Federal Reserve (FED), Banco Central norte americano.
Sexta-feira
Para fechar a semana, saem Produto Interno Bruto (PIB) e a produção industrial do Reino Unido, a inflação ao consumidor da Alemanha (CPI), a confiança do consumidor de Michigan (EUA) e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) no Brasil.
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